Almanaqueiras: ou não queiras.

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sexta-feira, 4 de outubro de 2013

De peito aberto...

Servidora pública compartilha tratamento de câncer em blog Mais de 1,4 mil pessoas acompanham o blog de uma brasiliense que compartilha o tratamento contra o câncer de mama, diagnosticado em abril. Ontem, ela reuniu amigos em um bar. Todos estavam de turbante da cor do Outubro Rosa.

Gabriella Furquim - Correio Braziliense


Aline Silveira, 29 anos e um filho:  humor e troca de experiências (Breno Fortes/CB/D.A Press)
Aline Silveira, 29 anos e um filho: humor e troca de experiências


Ser otimista. Foi essa a decisão da servidora pública Aline Silveira Silva, de 29 anos, ao receber o diagnóstico de câncer de mama em abril deste ano. Nos primeiros dias de tratamento, o medo roubava o sono e ela procurava conforto na internet. “Eu acordava no meio da noite e ligava o computador. Ficava procurando mais informações sobre a doença e encontrei páginas de pessoas que passaram e estavam passando por situação semelhante à minha. Percebi que saber das experiências de outras pessoas me tranquilizava. E resolvi escrever”, contou Aline. A página, criada em uma rede social, foi batizada com o nome Câncer com otimismo. A imagem que serve como perfil é a de um sorriso.

Hoje, mais de 1.400 pessoas em todo o país acompanham as mensagens e as fotos de Aline. Além de darem força à brasiliense, os leitores também contam experiências, angústias e vitórias contra a doença. Mas Aline não tem apoio só no mundo virtual. Ontem, amigos da jovem prepararam uma surpresa para ela em um bar da cidade. Todos amarraram turbantes rosas, semelhantes ao que a servidora pública usa desde que raspou o cabelo, em homenagem à luta da amiga.

Aline estava terminando o mestrado em tecnologias em saúde quando notou a presença de um nódulo no seio. “Eu estava correndo muito, estudando e trabalhando. E, apesar de trabalhar na área de saúde, eu deixei para depois. Dei mais importância à minha carreira”, admitiu.

Foram dois meses adiando a visita ao médico. “Eu não estou incluída em nenhum fator de risco. Não há casos da doença na minha família e sou jovem, estou longe da faixa de maior incidência. Achei que não aconteceria comigo”, relembrou. O diagnóstico, no entanto, foi contrário às evidências.

O tratamento começou em abril. “Estou na segunda fase da quimioterapia e ainda não sei quais serão os resultados, mas estou confiante”, afirmou. Bem-vestida e com um sorriso no rosto, Aline faz questão de compartilhar fotos durante o tratamento, apelidado por ela como branquinha, em referência à chamada quimioterapia branca. A primeira fase é a vermelha. Em cartazes, ela exibe a contagem regressiva das sessões que ainda faltam. 

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