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quarta-feira, 19 de junho de 2019

'No centro de escândalo', Moro vira herói entre aspas para WP

Abismo entre sua personagem pública e as mensagens 'atordoou o Brasil' 

Nelson de Sá


Nem dois anos atrás, o correspondente do New York Times, Ernesto Londoño, estreava no país com um perfil elogioso sobre a “aposta de um juiz para limpar o Brasil”, seu título.

Agora, o novo correspondente do Washington Post, Terrence McCoy, estreia mostrando como as reportagens do site The Intercept “ameaçam o legado do juiz ‘herói’ no Brasil”, também seu título.

Segundo o WP, “agora Sergio Moro está na posição em que colocava tantos outros: no centro de um escândalo ético”. E o “abismo” entre sua personagem pública e as mensagens “atordoou o Brasil”.

O NYT segue as mudanças. Seu principal crítico de cinema, A.O. Scott, resenha “The Edge of Democracy” (Democracia em Vertigem no título brasileiro), que está na Netflix.

O filme aborda a queda de Dilma e a prisão de Lula e, com Jair Bolsonaro na “onda global do populismo autoritário”, da Hungria às Filipinas, responde à pergunta que “assombra seus espectadores onde quer que estejam: O que aconteceu?”.

O tratamento de Lula e Dilma no documentário de Petra Costa carrega alguma crítica, o que só faz “aguçar sua visão de uma trama de interesses e, ao mesmo tempo, uma saga de forças e mudanças históricas de poder e ideologia”.

Na Science, “Governo brasileiro é acusado de suprimir dados que questionariam sua guerra contra drogas”. A revista da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS) fala em “epidemia de drogas” no país e publica que, segundo pesquisadores, “autoridades suprimiram a publicação de uma pesquisa sobre uso de drogas realizada pela renomada Fundação Oswaldo Cruz”.

A censura teria começado “no governo de Michel Temer, muito conservador, e prosseguido no atual, de Bolsonaro, de extrema direita”.

Na home do Financial Times, “Blecaute na Argentina constrange Macri”. Logo abaixo, “Presidente impôs aumentos impopulares das tarifas de energia que, disse ele, iriam melhor o sistema”.

O correspondente do FT em Buenos Aires sublinha que as tarifas “dobraram várias vezes” e são alvo agora do “principal adversário” de Mauricio Macri nas eleições presidenciais de outubro, o kirchnerista Alberto Fernández

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