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quinta-feira, 28 de março de 2019

o posto Ipiranga acena um adeus

 Equipe de Guedes fica apreensiva com aviso público de que, sem respaldo, ele deixa o posto 
O grito A equipe de Paulo Guedes (Economia) acompanhou com angústia a audiência dele na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado nesta quarta (27). 

Painel da Folha

Ali, o ministro enviou recados que, nos últimos dois dias, já havia externado nos corredores de sua pasta. A tradução feita pelos auxiliares é a seguinte: um dos pilares de sustentação do governo Jair Bolsonaro decidiu avisar publicamente que, sem retaguarda, não permanecerá no posto. O destinatário da mensagem é o próprio presidente.

Aí não Como mostrou o Painel nesta quarta, Guedes não estava mais escondendo a insatisfação com a desarticulação política de seu time e de aliados no Congresso. Para ele, a gota d’água foi o líder do PSL na Câmara ter feito críticas à reforma da Previdência na véspera de sua ida à Casa.

Cala-te boca Aliados do ministro acompanham com apreensão a troca de farpas entre o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e Jair Bolsonaro. Dizem que os dois parecem “meninos brigando no meio da rua”.

Sem precedente Líderes de partidos que apoiam a reforma da Previdência não entendem como o Planalto se envolveu em tantos problemas em três meses. Na Câmara, dissemina-se a versão de que o presidente aposta no caos para desgastar o Congresso e o STF com o suporte de seus apoiadores mais radicais.

Espada e Escudo Nesse cenário, os líderes dos principais partidos da Câmara acordaram com Maia que é preciso blindar Paulo Guedes. O economista é tratado, hoje, como a âncora que liga o governo ao Estado de Direito.

Fale com eles Em outra frente, dirigentes de legendas decidiram começar a fazer pontes diretas com os militares.

Dia para esquecer Os registros infelizes das passagens dos ministros Ricardo Vélez (Educação) e Ernesto Araújo (Itamaraty) pela Câmara não ajudaram a arrefecer o clima. O primeiro foi chamado de despreparado e chegou a enaltecer o megatraficante Pablo Escobar. O segundo disse que não houve golpe em 1964.

Ordem na casa Militares começam a defender que Bolsonaro use a marca de 100 dias do governo para promover sua primeira reforma ministerial.

Aviso prévio Parte da bancada do PSL na Câmara já fala em destituir o Delegado Waldir (PSL-GO) do posto de líder do partido.

Aviso prévio 2 Segundo relatos, em reunião convocada pelo líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), na terça (26), o deputado General Girão (RN) disse que Waldir não representa a maioria da bancada e que está sem condições de liderá-la.

Grão em grão Os entusiastas da queda de Waldir afirmam que podem tirá-lo do posto com 28 assinaturas dos 54 deputados filiados à sigla.

Pés pelas mãos A desordem no Ministério da Educação atrapalhou cronograma traçado por técnicos da pasta há três semanas. Na terça (26), o ministro Ricardo Vélez deveria ter lançado o Programa de Apoio à Implementação da Base Nacional Comum Curricular e anunciado a nova fase do programa Mais Educação.

Deus nos acuda Os relatos de quem trabalha na pasta dão conta de que não há comunicação interna e nem sequer uma organização mínima para elaborar ações estruturais.

Dias contados Integrantes da ala militar do governo que apostam na queda de Vélez trabalham para emplacar o novo ministro da Educação. Ao menos dois nomes estão cotados: Carlos Alberto Decotelli, atual chefe do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), e o senador Izalci Lucas (PSDB-DF).

TIROTEIO

O governo Bolsonaro está tão mal que nem sequer deu os clássicos 100 dias para a oposição. Desmoronou antes

Do governador do Maranhão, Flávio Dino (PC do B), sobre a crise e o impasse instaurado entre o Palácio do Planalto e o Congresso

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