Ciclistas fazem ato na casa de Doria e pedem que prefeito eleito 'desacelere'
Cicloativistas fizeram na noite desta quarta-feira (5) o primeiro protesto contra futuras medidas do prefeito eleito João Doria (PSDB), que ganhou as eleições no primeiro turno no último domingo (2).
A manifestação pacífica reuniu cerca de 50 ciclistas que pedalaram da avenida Paulista até a frente da casa de Doria, na região dos Jardins.
Com a frase "nem um metro a menos" nas roupas, eles pediram que Doria não suspenda o programa de ampliação de ciclovias na cidade e que mantenha os limites de velocidade nas marginais.
O tucano disse durante a campanha eleitoral que aumentará a velocidade nas marginais –hoje em 50 km/h nas vias locais após programa de redução de limites feito pelo prefeito Fernando Haddad (PT)– assim que assumir o comando da cidade.
"Serão 1.200 mortes a mais em quatro anos de seu governo. Você vai assumir?", diziam cartazes carregados pelos manifestantes.
A "bicicletada" ou "pedalada pacífica" percorreu as ruas Padre João Manoel, Oscar Freire, Alameda Casa Branca, Canadá, França e Itália, onde o futuro prefeito mora.
Já na porta da casa de Doria, eles acionaram os sinos das bicicletas e tocaram a campainha.
Foram atendidos por um segurança, que recebeu de uma das ciclistas uma "carta-compromisso". O documento, de duas páginas, foi lido diante do segurança, que ficou quieto ouvindo o apelo. No final, gritaram: "desacelera, Doria".
O texto pede que Doria não acabe com ciclovias existentes e mantenha projeto de prever 1.500 km de ciclovias até 2030, que foi debatido ao longo da gestão Haddad.
"A ideia é mostrar para ele [Doria] que a cidade tem ciclistas, sim, que precisam de todas as ciclovias que estão aí. Estamos pedindo que ele mantenha os programas de mobilidade que incluem", disse Anderson Augusto, 44, conhecido como Ciclonauta.
Para encerrar o ato, os ciclistas se deitaram no chão para simbolizar os mortos no trânsito e gritaram: "vai ter ciclovia".
Segundo o segurança, Doria não estava em casa.
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