Almanaqueiras: ou não queiras.

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domingo, 9 de outubro de 2016

como são intolerantes os golpistas

  Luis Felipe Miguel


Não sei se alguém ainda se lembra do Augusto de Franco. Ele é um daqueles ex-comunistas que chegaram à direita mais extremada. Tentou durante algum tempo ser um intelectual da "terceira via", com uns textos grandiloquentes que nunca foram levados a sério. Depois, vestiu a camisa de ideólogo do Comunidade Solidária, o programa de assistência social do governo FHC. 



Hoje, é apenas um obscuro defensor do golpe, da entrega do país, do atraso social, do Escola Sem Pensamento.

Pois ele se indignou com meu texto sobre a perseguição a Lula e, em especial, a parte de que é necessário incendiar o país caso ele seja preso. Com aquela estupidez que é conveniente para a má fé, interpreta a frase ao pé da letra e faz de mim um piromaníaco. Termina me rotulando de "molestador ideológico".

Curti mais os comentários, poucos mas suculentos. Um colega (?) da UnB explicou a todos que eu sou "trotskista". Alguém informou que é por causa de gente como eu que o curso de Ciência Política da UnB nem consegue preencher as vagas no vestibular. Sobrou para toda a UnB (chamada de "covil" e de "lixo" de onde não sai "nada que preste"), para Paulo Freire, para Leandro Karnal, para a Valesca Popozuda - as conexões seguem uma lógica além da minha compreensão. Fui chamado de "recrutador do Isis", "mente deturpada" e, claro, "fdp e viado".

E a revolta contra minha violência foi tanta que um pacato senhor chamado Marcelo Montano - cuja página visitei e verifiquei que se dedica a compartilhar vídeos do MBL e boatos contra Marcelo Freixo - decretou que eu preciso de "tiro, porrada e bomba"

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