Fernando Molica
É fundamental saber desde quando a Procuradoria-Geral da República tem conhecimento das gravações das conversas entre o Machado e o Jucá. Afinal, em seu parecer contrário à posse do Lula na Casa Civil, o Rodrigo Janot citou a gravação - ilegal, como admitiu o Sérgio Moro - de conversa entre a Dilma e o ex-presidente.
Se um grampo ilegal (que, em tese, não deveria mais constar do processo) vale como argumento e pode ser utilizado para embasar uma decisão que teria óbvias consequências políticas, a gravação que compromete tanta gente e lança dúvidas sobre as razões do impeachment não poderia ter ficado em segredo durante tanto tempo.
É lícito supor que o resultado da votação do impeachment teria sido outro caso os diálogos tivessem sido divulgados antes.
Nenhum comentário:
Postar um comentário