MÃOS ÚMIDAS
O site Bahia Notícias consolidou a lista dos políticos citados nos documentos da Odebrecht.
Gabriel Priolli
O estupor com a inclusão de nomes imprevistos e a extensão da lista, que pega 18 dos 35 partidos existentes (todos os grandes incluídos), talvez resulte em algo positivo.
Talvez leve os cidadãos - finalmente - a alguma reflexão séria sobre o financiamento do nosso sistema político e a sua vinculação umbilical com o poder econômico.
Por dentro ou por fora, Caixa 1 ou Caixa 2, para as eleições ou para o dia a dia partidário, para as legendas ou para o bolso dos beneficiários, o fato é que o mainstream da política brasileira vive de dinheiro empresarial. Sempre viveu.
A reforma eleitoral que proíbe doações de empresas é meritória, mas tende a ser inócua, visto que o problema é estrutural.
Da mesma forma, é duvidoso que a fulanização das responsabilidades, com a execração dos 200 políticos citados, represente alguma solução efetiva - salvo para aplacar, em parte, a sede punitiva da sociedade.
Ou encaramos uma reforma política de verdade, que resete o jogo do financiamento partidário e penalize duramente as infrações, ou apenas aprofundaremos o "alienismo judicial" vigente, tão a gosto do juiz Simão Bacamarte, de Curitiba-PR.
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