Almanaqueiras: ou não queiras.

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domingo, 1 de novembro de 2015

a vida é bela, a vida é boa, a vida é bem...

A gente nunca está preparado pra dizer adeus. Ontem eu perdi uma pessoa muito especial para mim. Aos 86 anos, minha bisavó partiu e deixou a filha, netos, bisnetos e vários amigos que a amavam.




Dona Maria nasceu em Brejo Santo, Ceará, em uma família em que as 9 irmãs se chamavam Maria. Nunca se casou, mas teve uma filha, minha avó.

Saindo do Ceará, Dona Maria fez residência em Cajazeiras, Paraíba, buscando melhores condições de vida. Depois, veio morar em Brasília com a família, onde ficou por 12 anos, até o seu falecimento. 

Dona Maria, mesmo pobre e analfabeta lutou para viver a sua vida do jeito que queria. Nunca deixava que as pessoas decidissem nada por ela e, mesmo em Brasília, ainda sonhava em voltar para sua casa na Paraíba. Queria ficar no seu cantinho, dizia ela, onde tinha mobília, uma televisão e rádio comprados com o seu salário de aposentada. 

Tudo que eu faço, tudo que eu sou hoje, é graças a uma senhorinha que, mesmo com tantas dificuldades, tantas limitações, não desistiu dessa luta que é a vida. Agora fica só a saudade.

Mariana Cartaxo

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