Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cajazeirenses espalhados pelo mundo: João Bosco da Silva. Nós reconhecemos o seu valor.



João Bosco da Silva 

O artista



Nascido em Cajazeiras (cidade do sertão da Paraiba) em março de 1950 sob o sígno de peixes. João Bosco da Silva, filho (irmão mais velho de cinco filhos) de José Cardoso da Silva - torneiro mecânico e amante das artes - , e Santa Maciel - uma jovem e doce senhora - .



Como criança já manifestava o interesse pelas artes, quando na cidade chamava atenção por gostar de estudar o Dicionário da língua portuguesa, atividade que o levava a ser considerado um bom charadista. Ainda como criança, participou de concurso de pintura e teve alguns de seus quadros expostos no hotel da cidade. Já como jovem participou de bandas onde cantava músicas brasileiras e músicas dos Beatles.


Em 1965 sua mãe faleceu, acirrando no jovem a vontade de vir para o sul. Em 1969 após servir o Tiro de guerra, comprava a passagem que lhe conduziria ao novo destino. Em 1970 realizava finalmente seu desejo de atravessar as serras nordestinas e tentar a vida em novas paragens. Já em São Paulo com vinte anos, lutava pelo seu futuro na cidade grande. Como a maioria dos migrantes nordestinos em São Paulo, morou em pensões, e em momentos difíceis passou fome.


Em 1974 veio morar em Guarulhos (cidade que o acolhe até hoje) onde casou-se com a tolerante Marli, que lhe deu tres lindos filhos (hoje homens feitos). Em 1977 concluiu o curso universitário. Durante sua vida em Guarulhos nunca esqueceu a sua origem, centrando suas pesquisas nas figuras pitorescas do sertão como os emboladores de feira, os cegos cantadores, as benzedeiras, os vaqueiros, e outros personagens que compõem o folclore nordestino.


Em meados de 2007 ele criou o Instituto cultural Casa dos cordéis, onde guarda seu acervo e recebe artistas da cidade e de todo Brasil , para apresentações. Ele tem esta dedicação como tributo ao estado de origem, e como contribuição à valorização da cultura regional brasileira.

Para ele, assim como a língua do povo identifica este país, a manifestação de seus valores culturais transforma este mesmo país em nação.

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