Almanaqueiras: ou não queiras.

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sábado, 4 de janeiro de 2014

As últimas palavras de 13 grandes escritores

Prestes a morrer, as pessoas quase sempre dizem algumas palavras, às vezes com clareza, outras vezes de maneira desconexa. O jornal “ABC”, de Madri, publicou as últimas palavras de 13 grandes escritores.

Autor de “Walden” (muito bem traduzido para o português por Denise Bottmann), Henry Thoreau, o “pai” da desobediência civil, disse “alce” e “índio”, mas sem apresentar um mínimo de contexto. Considerando que era apaixonado pela natureza, suas palavras certamente têm a ver com aquilo que apreciava e/ou admirava. A tradução é do Jornal Opção.


James Joyce


“Ninguém me entende?”

Escritor de uma lucidez e de uma lógica espantosas, consta que, nas proximidades da morte (ocorrida em decorrência de uma cirurgia malfeita), Joyce estava meio maluco. Parece que achava que Hitler havia começado a guerra para atrapalhar a repercussão de “Finnegans Wake”. Seu livro mais famoso é “Ulysses”.

Jane Austen



“Só quero morrer.”

Esta foi a resposta da autora de “Razão e Sensibilidade” quando, pouco antes de morrer, suas irmãs perguntaram-lhe o que queria.


Franz Kafka



“Mata-me! Ou serás um assassino!”


As últimas palavras do autor de “A Metamorfose” e “O Processo” foram para um médico que não queria dar-lhe uma dose letal de morfina. Ele estava morrendo de tuberculose (aos 41 anos) e mal conseguia falar.


Charlotte Brontë


“Não vou morrer. É verdade?” Ele não nos separará. Nós somos muito felizes.”

Charlote Brontë estava casada havia nove meses quando faleceu, aos 38 anos, de câncer. É autora do romance “Jane Eyre”.


Truman Capote


“Sou eu, sou Buddy… Tenho frio.”

Buddy era como chamavam o autor de “A Sangue Frio” quando ele era menino.


Emily Dickinson


“Eu devo ir, o nevoeiro está aumentando.”

A poeta norte-americana sofreu severos desmaios e esteve prostrada, em sua cama, nos últimos sete meses de vida.


Liev Tolstói


“Amo tantas coisas, tanta gente…”.

Em seus últimas dias, o autor de “Guerra e Paz” deixou sua casa e viveu entre gente do povo.


Anton Tchekhov


“Faz muito tempo que não bebo champanhe…”.

Pouco antes de morrer, em seu leito, o autor de “Tio Vânia” pediu morfina e champanhe ao seu médico.


Eugene O’Neill


“Eu sabia, eu sabia… Nasci num quarto de hotel e morrerei num quarto de hotel.”

O autor de “Longa Viagem Noite Adentro” morreu de pneumonia, depois de padecer de uma enfermidade semelhante ao Mal de Parkinson, doença que o impediu de escrever durante anos.


Henry David Thoreau


“Alce americano… Índio.”

Não se sabe o que o autor de “Walden” quis realmente dizer com suas últimas palavras. Talvez seja mais uma referência à natureza, que amava.


Lewis Carroll



“Afasta essas pastilhas. Não preciso mais delas.”

O autor de “Alice no País das Maravilhas” foi poeta, matemático e fotógrafo.


J. M. Barrie




“Não posso dormir.”


Pouco antes de morrer, Barrie cedeu os direitos de “Peter Pan” ao Hospital Great Ormond Street, de Londres, que continua beneficiando-se dos direitos autorais.


Lord Byron


“Agora eu irei dormir.”


O autor de “As Peregrinações de Childe Harold” morreu na Grécia — vítima de uma febre —, enquanto lutava contra os otomanos.

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