Eu não queria jogar confetes, mas tenho que dizer "Cê" tá de lascar, "cê" tá de doer

Revista analisa "pessimismo" do brasileiro em não reconhecer potencial do país

Folha de S.Paulo

"Slate é uma revista norte-americana on-line, em língua inglesa, com assuntos atuais. Foi criada em 1996 pelo editor Michael Kinsley, inicialmente sob a propriedade da Microsoft como parte do MSN. Em 21 de Dezembro de 2004, foi comprada pelo Washington Post Company. Desde 04 de junho de 2008 Slate tem sido gerido polo Grupo Slate, uma entidade de publicação online criado pelo Washington Post Company para desenvolver e gerenciar apenas revistas on-line."

O site da revista "Slate" analisou o jeito "pessimista" do brasileiro que não reconhece a capacidade do país em servir como modelo de sucesso para o resto do mundo, como fazem os Estados Unidos, Europa e China, por exemplo.

O país, segundo a revista, se tornou inovador de um jeito próprio, criando não somente negócios com pequenos empreendedores, mas com empresas multinacionais, como Embraer e Natura, que movimenta uma fortuna com perfumes orgânicos e cosméticos. A nação latino-americana é líder na produção de biocombustível e uso de etanol em carros; os brasileiros tuítam mais que qualquer outro país no mundo, fora os americanos.

Na política, o Brasil também foi inovador ao criar o "Bolsa Família" e o país foi elogiado por ser ter mudanças regulares de poder de forma pacífica e ter eleições conduzidas sob o olho da imprensa livre.

Apesar dos problemas como corrupção, desigualdade social, nepotismo, a revista lembra que recentemente um grupo de egípcios veio aprender como a ditadura militar chegou ao fim e que os programas sociais brasileiros estão sendo copiados na África.

Ainda assim o Brasil não se vende como os outros países do mundo o fazem e isto é auto destrutivo. Segundo a publicação, um dos motivos deste comportamento seria a falha ao perceber que o país tem potencial para inspirar as outras nações. "Há outros caminhos piores para seguir que o modelo brasileiro. Há outros lugares piores que o Rio para se viver. Se os brasileiros soubessem", encerra a revista.