A mulher ruiva é complexa. Se ela não nasceu com o cabelo vermelho, ela pinta. Pinta para mostrar o que tem dentro dela: um vulcão em erupção. Pronto para explodir. Pronto para dizer que dentro desse corpo bate forte um coração. A mulher ruiva tem dentro de si um pouco do mundo. Tem angústia, decepções, sonhos, amores e dores.
Ela é determinada. Luta pelo que quer, independentemente do que vier. Sendo desse jeito, é óbvio que assusta os homens. Só sendo muito macho para aguentar a mulher ruiva. Afinal, ela é determinada e preenche seu tempo livre com arte, literatura, exposições, cinema e música. Todas essas coisas só reforçam seu estilo de ser. É isso que mantém o fogo aceso.
A ruiva acredita em príncipes encantados. Embora saiba que vive na realidade e que ele não pulará dos livros. Sabe que sua vida amorosa não é um conto de fadas. Pode ou não saber que, em partes, é sua culpa. Ela não deixou ninguém interferir em sua vida. Não abriu mão de nada por ninguém. O amor só sobrevive à base de concessões. E isso ela esqueceu de aprender.
Enquanto a morena é para casar, tantas decepções amorosas fazem parte do currículo da mulher ruiva que ela não sabe se o casamento foi feito para ela. Enquanto a loira faz as cabeças dos homens, a mulher ruiva faz questão de não ser somente um casinho passageiro na vida desses canalhas. A mulher ruiva só está sozinha por ser exigente demais. Está sozinha porque descobriu em si sua melhor companhia.
A mulher ruiva é como um palito de fósforo. Se você quiser, ele pode criar fogo. Se você quiser, ela pode queimar tudo. No fundo, ela é só uma menininha frágil que tenta se proteger de tudo. Tão frágil e com tanto medo de se quebrar que ela se tornou ruiva. A mulher ruiva não é só a cor de seu cabelo, é um estado de espírito. Ela é você. Ela sou eu. Existem várias espalhadas por aí.
Por Willian G.
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