Almanaqueiras: ou não queiras.

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domingo, 16 de dezembro de 2012

José Anchieta escreve...


O CFP e a nova gestão


A comunidade acadêmica do Centro de Formação de Professores de Cajazeiras vive uma nova expectativa com a eleição do professor Edilson Amorim para comandar os destinos da UFCG nos próximos três anos, em substituição ao atual reitor Thompson Mariz. Entre professores, alunos e servidores, há muito otimismo, principalmente porque o futuro reitor já integrou o quadro docente local, e conhece, portanto, toda a realidade que envolve o nosso Campus.

Pois bem, muitos professores, entre eles, alguns ex-diretores, avaliam que o resultado foi fundamental para o CFP continuar avançando nas suas conquistas dentro da política de expansão e interiorização desenvolvida pela instituição, nos últimos anos, e que refletiu na implantação de novos cursos, inclusive o de Medicina, além da ampliação e modernização de sua área física.

Essa é uma avaliação fundamentada na trajetória acadêmica do futuro dirigente. Todos nós que conhecemos sua história de luta em Cajazeiras, sempre em defesa da universidade pública e por melhores condições de funcionamento do Campus, apostamos num tempo produtivo e de novos avanços importantes nas atividades de ensino, pesquisa e extensão.

É inegável que essa escolha criou um ambiente mais favorável ainda para o encaminhamento das reivindicações e lutas do Campus de Cajazeiras. E o professor Edilson Amorim terá logo de início alguns desafios pela frente, devendo usar toda a experiência que adquiriu na própria vice-reitoria e em outros cargos que ocupou, para tentar vencê-los. Um desses desafios reside, exatamente, em Cajazeiras: completar o processo de federalização do Hospital Júlio Bandeira, transformando-o, definitivamente, em novo HU.

Esse importante equipamento público de saúde foi doado à UFCG pela Prefeitura de Cajazeiras, num ato dos mais louváveis da atual administração municipal, mas seus funcionários ainda estão sendo pagos pelos cofres do município porque a Universidade não teve autorização para realizar concurso para contratação de servidores.

Durante entrevista a uma rádio local, ainda na condição de candidato, o professor Edilson Amorim reconheceu a necessidade de consolidar essa transição pela importância que tem o hospital para os cursos de Medicina e enfermagem. Ele, inclusive, foi muito claro ao afirmar que o curso de Medicina sofreu algumas dificuldades iniciais, tendo que ajustar seu número de vagas em função das limitações da rede hospitalar de Cajazeiras.

Espera-se, portanto, que o futuro dirigente concentre parte de suas energias junto ao MEC para o pleno funcionamento do HUJB. Uma coisa é certa e fundamental nesse processo: ele conhece a realidade e é consciente da importância do hospital para os cursos da área de saúde e para o atendimento da população cajazeirense e sertaneja que utiliza seus serviços.

Acreditamos muito nos esforços para transformar o nosso antigo Hospital Infantil em referência no interior paraibano, para cumprir a dupla função de campo para a prática de ensino e para ofertar serviços públicos de qualidade às crianças e mães sertanejas que tanto precisam desse atendimento. Os passos iniciais e decisivos já foram dados. Cabe, agora, ao futuro gestor da UFCG, completar essa conquista.


José Anchieta
José Anchieta - janchietacl@hotmail.com
Redator do Jornal Gazeta do Alto Piranhas, Radialista, Professor formado em Letras pela UFPB, Secretário da prefeitura de Cajazeiras.

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