Ambev passa Ecopetrol e vira maior empresa da América Latina
Economatica diz que fabricante de cerveja valia
US$ 120,1 bi em valor de mercado
RIO — Depois de ultrapassar a Petrobras como maior empresa do Brasil em valor de mercado, na semana passada, a fabricante Ambev — dona de marcas como Brahma, Antarctica, Skol, entre outras — superou a estatal colombiana Ecopetrol e tornou-se a maior empresa da América Latina, segundo dados da consultoria Economatica. O valor de mercado da companhia brasileira chegou a US$ 120,1 bilhões no fechamento do mercado desta terça-feira, à frente das petroleiras Ecopetrol (US$ 119,5 bilhões) e Petrobras (US$ 118,4 bilhões).
Segundo Einar Rivero, diretor da Economatica, poucas vezes a Petrobras perdeu essa posição no ranking latino-americano. Uma das poucas vezes ocorreu em maio deste ano, para a Ecopetrol.
— Mesmo no Brasil, a Petrobras perdeu em poucos períodos sua lideranças para empresas como Eletrobras e Vale — explicou o diretor. — Agora ela aparece em terceiro lugar na América Latina.
Líder absoluta do mercado de cerveja do país, com uma participação de cerca de 70%, a Ambev colheu frutos do aumento do classe consumidora brasileira nos últimos anos. O Brasil tornou-se neste ano o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, segundo dados da CervBrasil, com 13 bilhões de litros produzidos.
Neste ano, as ações preferenciais (PN, sem voto) da Ambev acumulam uma valorização de 30,40%. Já os papéis ordinários (ON, com voto) avançam 41,77%. E mesmo com toda a valorização, a empresa segue tendo suas ações recomendadas para compra por uma parte dos analistas do mercado.
Segundo especialistas, além do crescimento do mercado brasileiro, a Ambev se destacaria entre as demais empresas pelo seu modelo de gestão, que teria se tornado sinônimo de eficiência. Esse modelo seria mesmo copiado por empresas de outros setores.
A Petrobras, por sua vez, tem apresentado um desempenho negativo na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) neste ano, afetada pela defasagem do preços dos combustíveis e resultados negativos. No segundo trimestre deste ano, a estatal registrou seu primeiro prejuízo trimestral em 13 anos. Os papéis preferenciais da companhia caem 11,73% no ano e os ordinários, 15,13%.
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