Brigando ou convergindo, Ipespe e Ibope revelam que Cartaxo está maior
Esse é o risco de se publicar na mesma casa duas pesquisas elaboradas por dois institutos distintos, como fez hoje a Rede Paraíba de Comunicação. O Jornal da Paraíba foi de Ipespe e a TV Cabo Branco de Ibope. Uma desmente a outra.
Bom ao menos numa primeira análise.
Porque avaliando de forma mais complementar, em que pese não ser justo comparar duas pesquisas de institutos diferentes, visto que a metodologia aplicada pode gerar disparidades, percebe-se que o Ibope e o Ipespe não brigam entre si. Elas são complementares.
E mesmo se brigassem elas revelam que Luciano Cartaxo (PT) está maior do que estava no dia 7 de outubro.
O Ipespe trouxe o petista com 52% da intenção de votos. No primeiro turno ele foi eleito com 38% dos votos válidos. Foi realizada entre os dias 15 e 17 de outubro. Já o Ibope, realizada entre os dias 17 e 19, ou seja, dois dias depois, aponta Cartaxo com 65%, sugerindo que o petista cresce em 48 horas mais de dez pontos.
No caso de Cícero Lucena, que aparece com 27% no Ipespe e 24% no Ibope, há uma variação pra menos, mas na margem de erro, revelando que o acréscimo de votos do tucano está muito aquém do que precisaria para surpreender no segundo turno.
O desafio não é fácil. E a questão é simples. O principal mote do discurso de Cícero é que ele estaria voltando “pra consertar o que está errado”. O problema é que esse discurso é difícil de convencer, de se encaixar e de atrair o eleitor diante de uma gestão que tem quase 70% de aprovação.
Ou seja, quando brigava contra o governo estadual, que tem um aprovação menor, Cícero conseguia atrair em maior quantidade. Sem a estadualização do debate, o discurso que cabia contra o governo do Estado não cabe no município.
Além disso, o candidato que representa essa gestão municipal tem rejeição mínima.
Assim, não são os números de pesquisas que devem preocupar Cícero. Mas a falta de caminhos a tomar.
Blog Luís Tôrres
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