Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 10 de setembro de 2012

O que de relevante tem o nosso município e que ultrapasse as nossas fronteiras no setor cultural?


Debates eleitorais VII - E a nossa Cultura? 

Por José Antônio


Cajazeiras tem sido cantada em verso e prosa como a “Cidade da Cultura”, mas fica a pergunta que cultura, se não temos sequer um Plano Municipal de Políticas Públicas para este setor com o objetivo de transformar a cultura em uma filosofia que supere conjunturas e ciclos de governo? A cultura, assim como a educação, é uma “planta” que deve receber cuidados especiais, permanentes e contínuos. 



O que de relevante tem o nosso município e que ultrapasse as nossas fronteiras no setor cultural? Que metodologias e estratégias temos adotado na tentativa de impulsionar um fluxo normal para realizar programas sérios e consistentes nesta área? 

Será que fazemos parte do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), instituído pela Lei Rouanet, que é uma forma de estimular o apoio da iniciativa privada ao setor cultural? Será que já fizemos nossa inscrição? 

Será que estamos inscrito e já entregamos algum projeto com o objetivo de termos em nossa cidade uma das Praças dos Esportes e da Cultura, cujo objetivo é integrar num mesmo espaço físico, programas e ações culturais, práticas esportivas e de lazer, formação e qualificação para o mercado de trabalho, serviços sócio-assistenciais, políticas de prevenção à violência e inclusão digital, de modo a promover a cidadania em territórios de alta vulnerabilidade? 



Estas Praças dos Esportes e da Cultura fazem parte do PEC de 2011 a 2014 do governo federal, que prevê a construção de 800 Pecs. O governo federal vem desenvolvendo uma política pública cultural para os próximos dez anos, e a “intenção é que esta ação possa conduzir nossa sociedade a uma democracia substantiva” Vale informar que mais de 400 praças já foram construídas. E a nossa? 

Não podemos viver apenas do passado, mas devemos aproveitar o que de bom foi feito e a partir de agora construirmos um plano de acordo com as normas do Ministério da Cultura e daí envolverem os artistas, o público e com a participação de todos darmos uma dimensão grandiosa e de valoração do que existe de melhor na cultura de nossa gente, descobrindo valores e talentos. 

Vale ressaltar que no Ministério da Cultura existem inúmeros programas e todos com muitos recursos, faltando apenas os projetos, para que sejam liberados. Por que não os buscamos? 

Nos dias 30 e 31 de agosto, o Ministério da Cultura realizou/promoveu, em Juazeiro do Norte, o Encontro de Cultura do Cariri Fortalecendo as Políticas Culturais, que reuniu gestores e entidades da sociedade civil de 32 municípios da região para discutir o Sistema Nacional de Cultura, com o objetivo de subsidiar a construção dos sistemas de cultura municipais. Os nossos vizinhos avançam. E nós? 

Enquanto isto nós não estamos tendo a competência de pelos menos discutir com a sociedade civil quais os empreendimentos e os possíveis projetos a serem desenvolvidos em nossa cidade. E o pior, não sabemos quais as linhas de pensamento e de ação, a filosofia e a política cultural dos candidatos a prefeito de Cajazeiras. 

Tenho conhecimentos de algumas cidades, que com recursos do Minc, já possuem museus, bandas de músicas, bibliotecas, centros culturais, orquestras sinfônicas, filmes, cinemas, teatros, escolas de musicas, cursos de artes cênicas, memoriais e realizam festivais, encontros, seminários, feiras culturais, recitais e concursos. Em tudo isto tem um grande detalhe: mais emprego e renda com profundas consequências: a inclusão social. E nós? 

Cajazeiras precisa se encontrar com suas raízes culturais e acima de tudo preservá-las e divulgá-las.

Fonte 7 CandeeirosCajá

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