Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 21 de março de 2012

Um belo sonho que se concretiza! Parabéns, Ilma Braga!

Orquestra de Câmara Rouxinol de Cajazeiras. Um sonho que se realiza! Edna Marlowa descreve - em tons de emoção e sensibilidade - o surgimento deste grupo musical de alto nível
 
 
 
ROUXINÓIS HUMANOS
Por Edna Marlowa Cartaxo Braga


Desde sempre conhecido como ave de bons augúrios, o rouxinol ainda povoa a imaginação de todos nós, através dos contos de fadas, fábulas, poemas e, até, de fados, ao som dos quais fomos crescendo.

Quem não se lembra de “O Rouxinol e o Imperador” de autoria de Hans Christian Handersen; de “O Rouxinol e a Rosa”, sátira desenvolvida por Oscar Wilde e de tantas outras obras de igual valor, escritas por centenas de outros autores?

Foram tantos os homens e mulheres que relacionaram esse pequenino pássaro com a criação poética, que se torna difícil escolher qual seria o melhor.

Diante desse legado, decantado em prosa e verso, passo a me referir a certos rouxinóis que se agruparam, no intuito de preservar um conjunto minucioso de princípios harmônicos, inerentes a determinados períodos e conhecidos compositores, despertando o interesse de alguns adolescentes e jovens no que diz respeito às suas aptidões musicais antes adormecidas.

Costumam dizer que a música afasta os medos e enternece a alma. Nada mais coerente que comprovar esta afirmação, no momento em que me dedico à incumbência de escrever sobre os referidos Rouxinóis. Apresso-me em fazer rodar minha música clássica preferida, a fim de usá-la como fundo musical à minha inspiração e de preparar-me para esta importante e adorável tarefa, embora eu tenha a certeza de comprovar que o medo de definir o Grupo se abstrairá, célere, da minha alma e que o ambiente se transformará, adquirindo um enlevo enternecido de lembranças arquivadas no recôndito da minha memória.

Diante de mim, revejo a imagem de um passado não muito distante, nos momentos em que minha audição se detinha em captar alguns sons, advindos de um lugar bem próximo, certamente da minha vizinhança. Identificava notas produzidas, ora por bandolim, ora por violino, e passei a entender que seriam sons produzidos pelos instrumentos preferidos e de propriedade da minha cunhada Ilma. Pouco tempo depois, observei que foram se agregando novas notas musicais produzidas por outros tipos de instrumentos e, dominada pela curiosidade, detive-me a observar e a admirar um pequeno grupo de pessoas dedicando-se a efeitos técnicos e a um tempo de treinamento ininterrupto. O número mínimo de instrumentos combinava com o número de componentes que, aos poucos, foi-se ampliando e foi crescendo até alcançar a imagem do presente, quando já se podem registrar significativas apresentações, aplausos calorosos e elogios esmerados a cada ação de sopro e a cada dedilhar de teclas e de cordas, produzidas por flauta, piano, violino, violoncelo e contrabaixo.

 
 

Assim nasceram os Rouxinóis, a Orquestra de Câmara de Cajazeiras!

O grupo se revelou como sinônimo do amor que não se acaba, de braços que não se baixam ante as dificuldades, de ânimo que nunca esmorece e de uma busca incessante por um merecido reconhecimento no campo da arte musical.

Enquanto o rouxinol é, para o mundo, o rei da poesia; os Rouxinóis a que me refiro são, para Cajazeiras, os pássaros altaneiros que, gradativamente, desapegam-se do seu habitat natural para invadirem cidades do sertão paraibano, empolgando e espalhando um gênero musical que tende alcançar a intemporalidade.

Maestro Jocerlando, Ilma Braga e um dos jovens músicos em ensaio
 

A performance do seu repertório, caracterizado pelo suporte qualitativo expresso pelos imortais Bach, Ravel, Mozart, Beethoven, Strauss e outros grandes compositores, enchem nossos olhos, ouvidos e almas como se fossem mágicas a transformarem expectadores, antes indiferentes a esse gênero, em admiradores atentos aos mínimos detalhes, demonstrados pelos arranjos tão bem produzidos pelo maestro Jocerlando, seguido, à altura, pelos discípulos sempre obedientes aos seus gestos. São momentos em que Orquestra e platéia se interagem em emoção e sensibilidade. E enlevam-se a ponto de se transportarem para um Santuário de Paz.


Ilma Braga montou uma sala especial para os ensaios da Orquestra de Câmara. Parabéns, Ilma!
 
 

Parabéns, ao maestro, por sua capacidade e persistência; a Ilma Braga pelo desprendimento e dedicação, e aos demais componentes, jovens e adolescentes, portadores da mais elevada crença em fazer de suas aptidões o marco decisivo de uma história que promete ser vitoriosa e eternizada, sob as bênçãos do Padre Mestre, fundador da cidade que se realiza em desenvolver cultura.

EDNA MARLOWA CARTAXO BRAGA - é Cajazeirense filha do saudoso Eudes Cartaxo.
Fonte - Sete Candeeiros do Cajá.

Um comentário:

  1. Obrigada amada amigacunhadairmã EDNA.......seu texto poético e de um lirismo ímpar, só enobrece nosso grupo:ORQUESTRA DE CÂMARA O ROUXINOL, sou feliz por ser reconhecida como pioneira em agrupar musicistas em um local só nosso, lindo....hehhe -que modéstia,hein?, é voando de uma apresentação a outra que seremos amados e reconhecidos como bravos amigos em busca de um horizonte...... músicas seletas sob os cuidados do Maestro Jocerlando...ai´além dos musicistas,temos uma fotógrafa oficial a psicóloga Mary Luce,......Juliana Mary (estudante também de violino e nossa colaboradora para assuntos extadordinários)e um fã club que não se separa das nossas apresentações ....enfim...um pequeno GRANDE grupo...e somos felizes na luta ........2º meu neto já publicou em seu Blog..." melhor os ensaios do que mesmo as apresentações" sabe por que????????????/é aí que se conhece os musicistas-amigos, é tudo...Dei meu recado.....hehehehehe

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