Dirceu, do 7CandeeirosCajá, disse:
Nenen de Eudes Cartaxo escreve umas coisas bacanas sobre o Sete Candeeiros Cajá e a aproximação entre conterrâneos. Obrigado, irmão!
Nenen e uma estória de 'trairagem' no Colégio Estadual de Cajazeiras
A importância dos Setecandeeiros no contexto ‘Cajazeiral’
O blog Setecandeeiros tem uma enorme capacidade de agregar que nem mesmo os agregados são capazes de explicar. Serei cauteloso quanto a minha observação sobre a importância do blog no contexto ‘Cajazeiral’ para que no futuro surjam teses universitárias capazes de apontar com maior precisão esse clarear intenso, esse querosene de combustão sem fim, certamente, adquirido na Bodega de Paulino. Pois bem, vamos ao destrinche...
Nosso grande Rafael Holanda
Tive o prazer de me encontrar com o Dr. Rafael Holanda em 1994, quando naquela oportunidade socorreu o meu querido pai que havia sofrido um traumatismo craniano decorrente de um acidente. A intervenção cirúrgica aconteceu em Campina Grande e foi preponderante para a permanência do velho, Eudes Cartaxo, entre nós por quase 20 anos. Poderia ter permanecido conosco um pouquinho mais, mas a complicação que ensejou no seu falecimento foi totalmente alheia ao referido acidente.
Marcelo e Nilmar, os meninos do Seu Domício Holanda
Até então, eu só o conhecia por ser filho de Seu Domício Holanda, irmão de Marcelo e Nilmar e de possuir a divina fama, ao lado do irmão Luciano, de salvar vidas. Como sou o caçula lá de casa, perdi a oportunidade da convivência. Quando fui dar conta, já era ele um homem formado, caminho traçado, bisturi na mão.
Pois vejam vocês, depois de todo esse tempo consumido nos vimos hoje marcando presença neste espaço virtual, e, vez por outra, distribuindo gentilezas como se fossemos velhos e cordiais amigos. Claro que o elo de amizade que une as nossas famílias nunca se rompeu, mas, sinceramente, essa interatividade jamais seria possível sem a existência dos Setecandeeiros. Até tomo proveito deste solene momento para expressar um agradecimento tardio, porém verdadeiro: obrigado, doutor!
Erivaldo, Galego Cacaré, o nosso mais novo amigo de infância!
Outra pessoa sui generis de presença marcante nos Setecandeeiros é o Erivaldo, que surpreendeu a todos com seu alter ego, Galego do Cacaré. Confesso que não me ‘alembro’ das ‘feições’ deste sujeito, mas é outro que se instalou nos Setecandeeiros feito um posseiro, dando até a impressão de já ter sentado na nossa mesa, provado de nossa cerveja, tirado o gosto do nosso preá e limpado a boca na toalha da mesa. Vai ver que foi, sei lá! Carece de explicação. Aos poucos, sem causar alarde, ele foi se ‘aprochegando’, e como não colocou gosto ruim nas postagens em que foi incluído, ganhou cadeira cativa no salão nobre com direito a fardão bordado com o brasão do querosene Jacaré. O Galego tem um repente capaz de desafiar qualquer literato do planeta abissal. É o gatilho mais rápido do Oeste do Cacaré!
Marcos Diniz, um gaiato de primeira qualidade!
Continuando a minha descrição, surgiu nesta espaçonave interplanetária o Marcos Diniz. Este, sim, tenho plena consciência de tê-lo visto no século passado desfilando pela Praça João Pessoa. É verdade que nunca tivemos qualquer aproximação, coisa que agora se configura como se estivéssemos fazendo um curso à distância. O cara além de uma memória prodigiosa, tem umas sacadas super interessantes que ficam evidenciadas nas tirinhas que já estão se tornando marcas registradas do blog. O Marcos sempre foi um sujeito comedido, um homem de poucas palavras. Mas tenho dito a Dirceu: “depois dos 40 não temos mais nada a calar”.
Um fator importante que talvez possa explicar esta reaproximação tenha sido a boa convivência que tive com seu irmão, que sempre foi um cara pacato, incapaz de qualquer indelicadeza. Além de meu colega de turma no Colégio Estadual, participou também da Troça Playboy, composta por amigos que se reuniam para curtir o carnaval. Não consegui resgatar o seu verdadeiro nome, porém, assim como eu (conhecido com Nenem), recebeu a alcunha batismal que o persegue até hoje: “Cabo Rei”. Para que eu possa demonstrar o nível de amizade que tive com o irmão do Marcos, passarei a contar um causo ocorrido no palco sagrado do Colégio Estadual de Cajazeiras, beirando o ano de 1980.
Nosso inesquecível 1º Colégio Estadual de Cajazeiras.
Um fator importante que talvez possa explicar esta reaproximação tenha sido a boa convivência que tive com seu irmão, que sempre foi um cara pacato, incapaz de qualquer indelicadeza. Além de meu colega de turma no Colégio Estadual, participou também da Troça Playboy, composta por amigos que se reuniam para curtir o carnaval. Não consegui resgatar o seu verdadeiro nome, porém, assim como eu (conhecido com Nenem), recebeu a alcunha batismal que o persegue até hoje: “Cabo Rei”. Para que eu possa demonstrar o nível de amizade que tive com o irmão do Marcos, passarei a contar um causo ocorrido no palco sagrado do Colégio Estadual de Cajazeiras, beirando o ano de 1980.
Estava na hora do recreio, quando percebi certa impaciência por parte de três colegas que se sentavam logo à frente de minha “carteira”. Notei haver algo estranho, atitudes suspeitas que evidenciavam algum ato de insubordinação. Essas coisas, naquele tempo, despertavam a minha curiosidade e imaginação. Aproximei de fininho na tentativa de extrair alguma coisa que pudesse satisfazer a minha curiosidade. Elas simplesmente me ignoraram, não me tinham nos seus planos. Porém, como notaram haver despertado a minha atenção, ficaram temerosas de que isso viesse a por em risco o “projeto”. Assim, decidiram abrir o jogo: “preparamos um Modess, colamos cabelos e colocamos mercúrio para parecer sangue...”. " - Sim. E daí? O que vocês querem com isso?" Perguntei. " - É que queremos colocar essa coisa na bolsa dele [apontando na direção de Cabo Rei], e estamos com medo". - Ah, bom! Imediatamente fui abduzido pela trama: Xá comigo!
Elas, confiantes, me passaram a misteriosa missão e trataram logo de se retirar do recinto. Permaneci sentado por mais alguns minutos esperando que a sala ficasse vazia. Quando me certifiquei de que não tinha ninguém, dirigi-me apressadamente até a carteira, abri cautelosamente a pasta e larguei o ‘trambolho’ entre as duas abas, consumando, enfim, a minha participação. Saí de fininho e me perdi no meio das brincadeiras que aconteciam no pátio do colégio. Os minutos passaram voando, e o alarme logo despertou chamando todos de volta para a sala.
Notei que as meninas estavam inquietas, ansiosas pelo abrir das cortinas. E não foi para menos! Todos ainda se acomodavam nas suas carteiras quando chegava para ministrar a quarta aula do dia a professora Fátima Abreu. Não deu nem tempo dela sentar-se à mesa, quando se ouviu: QUE PORRA É ESSA!!! O ‘Cabo que também é Rei’ sacudiu a pasta pro alto indo o ‘despacho’ se alojar exatamente debaixo do bureau da professora. A professora assustada, sem saber o que estava acontecendo exigiu que se apontassem um culpado. Como ninguém assumiu a autoria, decidiu entregar o caso para a diretoria do colégio. Era tudo que o trio não queria que acontecesse. A Diretoria do colégio resolveu utilizar uma estratégia até então desconhecida: levar a própria vítima para a secretaria para ouvi-lo separadamente.
Confesso não saber os métodos usados para se chegar ao veredito, mas sei que minutos depois as três meninas já tinham sido identificadas e exemplarmente punidas com três dias de suspensão. Permaneci inquieto, mas demonstrando calma como se nada tivesse acontecido. Aos poucos as aulas foram sendo retomadas, os ânimos serenados. Entretanto, percebi que enquanto as meninas recolhiam seus pertences me olhavam de uma forma, demonstrando que iriam me dedurar. “Estou frito, pensei!” Terminada as aulas, não pensei duas vezes. Fui ‘diretim’ para a casa de cada uma delas e alarmei que a nossa rigorosa Vice-Diretora havia falado que se houvesse a presença de mais algum aluno neste episódio seria capaz de transformar a suspensão n’uma EXPULSÃO! Não sei como fui capaz de encontrar uma saída tão criativa. Talvez, inspirado nas tripulias do João Grilo da obra do Ariano Suassuna. As meninas cautelosas decidiram não mais explorar o caso e tomaram para si a autoria do Modess pré fabricado.
Fiz questão de omitir os nomes das meninas por entender serem irretocáveis Senhoras do Destino.
Assim, chego ao meu agradecer comprido e na certeza do meu dever cumprido.
Assim, chego ao meu agradecer comprido e na certeza do meu dever cumprido.
Eu conto! Mas não entrego!
*Eriston Cartaxo - especial para os Setecandeeiros
Eriston Cartaxo é Vice-Presidente da AC2B.
Postado-bira-AC2B-Dir. Cultura.
Eriston Cartaxo é Vice-Presidente da AC2B.
Postado-bira-AC2B-Dir. Cultura.
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