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domingo, 5 de fevereiro de 2012

2 de fevereiro - 15 anos sem Chico Science!

SÃO QUINZE ANOS SEM CHICO SCIENCE! A MORTE DELE FOI
UMA DAS MAIORES TRAGÉDIAS MUSICAIS DO NORDESTE



Chico fez a diferença pois encabeçou um movimento contracultural que transformou a autoestima de um lugar, como ele costumava dizer uma "parabólica enfiada na lama". Claro que a música foi a maior expressão de tudo isso na mídia tradicional, mas o movimento mangue beat é muito mais que a música. Óbvio que o mercado da comunicação só dá atenção as expressões musicais que atendem ao seu interesse (comercial/ audiência) e isso nunca vai mudar. Mas hoje as mídias alternativas alcançaram um grau de organização profissional capaz de mostrar para o que veio, o que acaba despertando o interesse tardio das mídias tradicionais que precisam atender à necessidade da audiência. O fato é que o tal "sucesso" quase nunca tem uma relação direta com a qualidade, prova disso, são as porcarias que são lançadas diariamente e empurradas goela abaixo pelos grandes sistemas de comunicaçãol

Ele cantou as alegrias, esperanças, frustrações, insatisfações com letras contundentes dentro de um universo de rítmos do próprio meio, escancarando o cotidiano dos excluídos.
 
Chico Sciene. Um artista que deixou sua marca na música brasileira e a saudade no coração dos seus fãs.
 Francisco de Assis França, mais conhecido como Chico Science, nasceu em Olinda em 13 de março de 1966 e faleceu em Recife em 2 de fevereiro de 1997, foi um cantor e compositor e também o maior mentor do movimento Mangue Beat. Líder da banda Chico Science & Nação Zumbi, deixou gravado os discos Da Lama ao Caos e Afrociberdelia.

Passou a infância e a adolescência no bairro do Rio Doce, subúrbio de Olinda. Nesse período, tirava o sustento vendendo caranguejos que eram recolhidos no mangue para vender nas feiras de Olinda.
Suas principais influências músicais eram James Brown, Grandmaster Flash, Kurtis Blow, entre outros artistas de destaque da soul music norte americana.
 Carreira
Em 1984 após os primeiros passos do break difundidos por Michael Jackson surgirem, integrou o grupo de dança Legião Hip Hop, um dos principais grupos de dança de Recife.
Três anos mais tarde formaria seu primeiro grupo, o Orla Orbe, que durou pouco tempo. Logo após, criou a banda Loustal, em homenagem ao quadrinista francês Jacques Loustat. O mote da banda era mesclar soul music, hip hop e rock psicodélico dos anos 60.
 Chegou a trabalhar como técnico em recursos humanos numa empresa de informática de Recife, porém, no início da década de 1990, deixou o cargo para dedicar-se exclusivamente a atividades culturais e artísticas.

Em 1991 conheceu o trabalho do grupo afro Lamento Negro, que mesclava samba com reggae. Até então, suas influências musicais eram basicamente norte americanas, mas impressionado com o trabalho percursivo do bloco, decidiu misturar os ritmos tradicionais como a embolada e o maracatu com rock, reggae, funk e hip hop, revitalizando a cultura local.
Tornou-se então o mentor e principal articulador do movimento conhecido como Mangue Beat, tendo inclusive redigido um manifesto chamado "Caranguejos com cérebro", no qual expunha as propostas estéticas do movimento. No mesmo ano, formou na cidade de Olinda o grupo Chico Science e Nação Zumbi, o mais relevante do movimento Mague Beat.

Em 1994 o grupo lançou seu primeiro álbum, Da Lama ao Caos. O álbum teve boa receptividade da crítica. Todas as letras foram de autoria de Chico Science. Em 1996 veio o segundo disco, Afrociberdelia.

Em 1998, após a morte de Chico Science, o grupo Nação Zumbi lançou o álbum duplo CSNZ. O primeiro disco continha cinco músicas inéditas com Jorge Du Peixe no vocal e mais cinco ao vivo, ainda com Chico Science. Na primeira faixa "Malungo", participaram Jorge Benjor, Fred 04, Marcelo D2 e Falcão do grupo O Rappa. No álbum também constou uma versão de "Samba Makossa", integralmente interpretada pelo grupo Planet Hemp.

Em 2007, recebeu homenagem do prêmio Multishow, do canal da Globosat de mesmo nome.

A família do cantor Francisco de Assis França, o Chico Science, fechou acordo com a montadora Fiat para garantir indenização de dez milhões de reais pela morte do cantor em um acidente de carro em fevereiro de 1997.

Chico Science morreu quando dirigia Uno Mille (foto) entre Olinda e Recife. Seu carro bateu em outro veículo e depois em um poste. A perícia constatou que a fivela do cinto de segurança se soltou, o que provocou a morte do cantor.

O compositor Gilberto Gil considerava Chico Science (juntamente com o grupo baiano Olodum e o compositor Carlinhos Brown) "o que surgiu de mais importante na música brasileira nos últimos vinte anos".
 
Com a Banda Nação Zumbi foi eleito pela Associação de Críticos Musicais de São Paulo o melhor grupo musical brasileiro de 1996.



Ele cantou as alegrias, esperanças, frustrações, insatisfações com letras contundentes dentro de um universo de rítmos do próprio meio, escancarando o cotidiano dos excluídos.

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