Almanaqueiras: ou não queiras.

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domingo, 15 de janeiro de 2012

Preciosidades Carrazeirenses - Marcos Diniz escreve para o Blog do Dirceu sobre o embate PENETRAS X Jovem Clube. Nós (AC2B) reproduzimos.

PENETRAS X JOVEM CLUBE

Marcos Diniz

Penetras - (os números indicam os falecidos)


Nunca me ficou bem claro, se o JOVEM CLUBE foi a sede social dos Penetras.

   
   Local onde funcionava o Jovem Clube - Hoje, lamentávelmente, nestas condições.
 
Agora, que lá havia a mão dos Penetras, isso sim, havia.


Quem era DJ? Um Penetra.

Caixa do bar? Outro Penetra.

Porteiros? Mais dois Penetras (isso antes de Pedro Revoltoso).

Seguranças Internos? Outra ruma de Penetras (naquele tempo nem carecia disso).

Quem fez a decoração? Penetras.

Quem entrava sem pagar? Num precisa dizer.

Quem começava as brigas? Ora quem!

E apartava as brigas? kkkkk.

Então??? Era um antro dos Penetras!!!!

Lembrei disso tudo, porque esta semana lendo um livro do Cartunista Ziraldo, ví impressas duas charges, que foram, enquanto o sonho não acabou, os indicativos dos wc masculinos e femininos do clube.




 No masculino, Superman de cueca vermelha e ceroula azul arriadas, sentado no trono, em pose de escultura Rodin. No feminino, Jane, pendurada no saco de Tarzan e este soltando o famoso grito.

Tenho uma vaga lembrança de ter visto NÊGO JR de Seu Miguel, reproduzindo essas caricaturas na paredes.


Saul, Otacilio e Nêgo Junior
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Aliás, eu como garoto à época, morador da praça João Pessoa, ia lá curiar os trabalhos antes da inauguração. Inclusive, ajudei na colagem do primeiro globo giratório espelhado do salão de dança. Produção caseira, que consistia de uma bola plastica, comprada no Magazine de Dona Maria de seu Luiz Paulo, alí na Rua Tenente Arsênio, com mil e um caquinhos de espelho, colados num verdadeiro quebra-cabeça. Depois de pronto, presa ao teto, por um fio de linha Nylon.


É que a encomenda de um globo profissional para boites, vindo do Rio de janeiro, extraviou, não chegou, alguma coisa assim. Minha função no trabalho, separar os pedaços mais parecidos entre si e, passar cola nos caquinhos entregando ao colador na bola.
Quando o furdunço foi inaugurado, acionaram uma sirene movida a manivela, que mais parecia os alertas de bombardeio na Londres da 2ª Guerra Mundial. Aí, o velho piso de madeira do salão de dança começou a tremer todo.


Os sinuqueiros e perús que estavam na Sinuca de Dedé, no térreo, embaixo, correram como o diabo da cruz. Eita medo da gota que o teto/piso caisse.

E a festa continuou noite adentro, com a raça ruim de Carrazeiras, livre, leve e solta.



Marcos Diniz  - é Carrazeirense. apaixonado por Cajazeiras, reside em Fortaleza e escreve constatemente para o Blog do Dirceu - Sete Candeeiros do Cajá















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