Almanaqueiras: ou não queiras.

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sábado, 19 de fevereiro de 2011

No volkswagem

Foto ilustrativa


De José Cavalcanti, 1918-1994, escritor piranhense, e ex-prefeito de Patos-PB.

Maninha Cândida, uma garota bem apessoada, deixou o interior e veio morar na Capital do Estado, João Pessoa, onde arranjou um emprego numa empresa de economia mista.
Sem casar, depois dos trinta anos, deu para fazer vez por outra, uns programazinhos, muito às escondidas, com um colega de repartição. De carro, e sempre que possível, à noite.
O carro do colega era um Volkswagen, fusquinha, dentro do qual faziam o amor, lá para as bandas da praia do Bessa.
Maninha, que tomava anticoncepcional, começou a sentir dores no útero. Foi ao ginecologista:
 - Doutor, ultimamente, eu venho sentindo umas dores agudas no útero ou no ovário. Quero, pois, que o senhor me examine para saber o que é que eu tenho.
- É casada ou solteira?
- Sou solteira, mas...
- Mas o quê, minha filha?
- ... não sou mais virgem, não.
- Tem nada não. Tire sua roupa e vá se deitar naquela cama, na posição que você faz amor.
Ao se aproximar da cama, o médico ficou surpreendido com a posição em que Lea estava: uma perna para o sul e outra para o norte, de um jeito que ele nunca vira:
- Ôxente, que posição é esta, menina?!
- Doutor, no Volkswagen é assim!...

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