Almanaqueiras: ou não queiras.

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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A “AVENIDA”

Para o leitor avaliar qual melhor "avenida"

Canteiro central

De José Cavalcanti, 1918-1994, escritor piranhense, e ex-prefeito de Patos-PB.

“Zefinha, a morena empregada da casa de João Pereira, de Alagoa Grande, nascida e criada no sítio, veio pela primeira vez a João Pessoa, onde ficou encantada com o asfalto e o ajardinamento de algumas avenidas. Sobretudo com a Avenida Cruz das Armas, recém inaugurada. Gravou bem a cor preta do asfalto, dividido ao meio pelos canteiros.
De volta, falou para a patroa:
- Nunca vi coisa mais bonita, Don Ritinha! Lá tem cada rua bonita, que chega dá vontade da gente ficar o dia todinho olhando para ela...
- Assim, Zefinha?
- Sim. E tem uma que é mesmo que vê uma coisa que a gente tem...
- Ôxente, que coisa é essa que se parece com uma rua?
E ela, de vista baixa:
- Uma coisa preta... Com uma banda de um lado e outra do outro, com um risco no meio...”

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