Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

12 ANOS DO JORNAL GAZETA DO ALTO PIRANHAS – 01.01.1999/01.01.2011



Hoje em dia a crise do jornal impresso é uma realidade. A internet veio para revolucionar a informação. Não somente no Brasil, mas no mundo inteiro a crise do jornal impresso como veículo para transportar a informação é real. Só para citar um exemplo da crise do jornal em papel, aqui no Brasil, o Jornal do Brasil, um dos jornais mais importantes da imprensa brasileira de todos os tempos, fechou. Isso todo mundo que gosta de ler jornais já sabe, mas faço questão de citar esse exemplo para demonstrar quão é árdua a tarefa de se manter um jornal em rotativas em nosso tempo. E mais ainda, manter um jornal impresso na Paraíba. Mais do que isso, manter um jornal impresso no interior da Paraíba. 
Por um desses milagres explicáveis apenas pela obstinação de seu empreendedor e seus pupilos, Cajazeiras torna-se referência na arte do afinco em manter seu jornal semanal. Ele é o  Gazeta do Alto Piranhas, que chega nas casas de seus leitores de Cajazeiras e de muitas cidades do Brasil, de forma ininterrupta há doze anos. Há mais de uma década o GAP, como é sinteticamente chamado, expõe a vida de Cajazeiras em suas páginas, registrando seu cotidiano em todas as áreas. Da policial, política, futebol à social. A radiografia da vida de Cajazeiras, em seus aspectos mais importantes, tá lá registrada.
Faço aqui um adendo muito importante. O caro leitor poderá argumentar que, hoje a internet, via seu cardápio variado de suportes em e-mail, blog, msn, cdroom, e tantos outros meios, também tem a capacidade de registrar  toda a história de Cajazeiras em seu cotidiano, com a vantagem de ter cobertura instantânea, e, mais ainda, em fotos coloridas, em imagens, em som e em interatividade com os leitores. Isso é inegável. Porém, o registro em papel, tem outra configuração. O papel está, comprovadamente, próximo à indelebilidade. Os mídias, ainda não há essa comprovação.
Com isso, não quero afirmar aqui, que o jornal impresso é superior ao mundo internético. Não, jamais. O importante é que, qualquer meio, qualquer instrumento de comunicação que venha a surgir em benefício da informação para sua divulgação, seu arquivo e resgate histórico, é bem vindo, é soma, e ganhamos todos.
Mas, vou contar pra vocês, tenho uma satisfação muito grande quando chega a quinta-feira aqui em Brasília, que é o dia, geralmente, que recebo o Gazeta via correio. O contentamento de abrir o jornal impresso e ler as matérias, os colunistas em suas análises da vida política e cultural de Cajazeiras, é muito prazeroso. Mesmo com uma semana de atraso, ler as notícias de Cajazeiras, que se poderá encontrar em blogs, mesmo assim, para mim, é válido, é satisfação.
Acredito que já sou assinante do GAP há uns sete/oito anos, mais ou menos. Tenho o número um. Sua manchete principal foi: “Prefeito de Marizópolis é campeão na emissão de cheques sem fundo”. Seus colunistas eram: Cristina Moura, José Antonio Albuquerque, Josival Pereira e José Anchieta. A coluna Faisqueira já estava lá.
Acredito que esse projeto jornalístico empreendido por José Antonio está consolidado, como é percebido por sua carteira de anunciantes e de assinantes, mas também julgo que para colocar esse jornal nas mãos dos leitores, semanalmente, ininterruptamente, há doze anos, é preciso ter muita garra, muita paixão por esse trabalho.
 Leiam o editorial do número inaugural:
“A cidade de Cajazeiras sempre foi inquieta e ousada. Historicamente, Cajazeiras sempre se colocou na vanguarda dos movimentos regionais e sempre mostrou-se revolucionária. Fazer imprensa livre sempre foi uma das paixões dos cajazeirenses. Nas décadas de 30 e 40, quando boa parte do sertão se encontrava nas trevas, Cajazeiras chegou a contar com seis jornais, todos eles com publicações de edições regulares, com destaque para o “O Estado Novo”, o “Jornal dos Esportes” e o “Rio do Peixe”. Ao longo dos últimos anos, várias publicações foram lançadas, mas nenhuma delas chegou a se consolidar. Agora, neste início de 1999, surge o jornal GAZETA DO ALTO PIRANHAS. Era um sonho antigo do professor José Antonio de Albuquerque. Agora é realidade. O GAZETA DO ALTO PIRANHAS nasce como mensageiro de um novo tempo, como elemento instigador de debates e polêmicas e como força aglutinadora e impulsionadora de desenvolvimento.”
Em nome da AC2B desejamos vida longuíssima para o Gazeta do Alto Piranhas e toda sua equipe. Parabéns Gazeta, parabéns Cajazeiras, que se inserem na história da imprensa paraibana.

Eduardo Pereira
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Um comentário:

  1. Parabéns por mais um ano de 'vida' do Gazeta e por mais uma bela matéria do AC2B.

    Eduardo Jorge Lacerda Pereira
    eduardo_lpereira@hotmail.com

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