“Quando eu era menino pequeno lá em Cajazeiras” - essa frase me faz lembrar o personagem Seu Joselito Barbacena, da Escolinha do Professor Raimundo, da TV Globo, que falava: “Quando eu era menino pequeno lá em Barbacena”, em referência a cidade dele, Barbacena, em Minas Gerais - eu não tinha idéia de que um certo dia eu ira deixar a minha Cajazeiras para residir em uma outra cidade, tampouco Brasília, cidade recém construída.
No final da década de 50 eu via muitas pessoas em Cajazeiras falarem que iam morar em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou em João Pessoa, ou em Fortaleza, etc. Naquela época, Cajazeiras oferecia pouca oportunidade de emprego e isso fazia com que muitas pessoas deixassem a cidade em busca de uma vida melhor fora dela.
Nasci, me criei e morei em Cajazeiras até 20 anos de idade. Eu estudava no Colégio Estadual e tinha terminado o curso ginasial, em 1971. Nesse mesmo ano eu trabalhava na Rádio Alto Piranhas, mas não pensava ainda que num futuro eu me tornasse um profissional do rádio. Saindo de Cajazeiras, fui morar em São Paulo a mando de minha mãe. Segundo ela, em Cajazeiras eu não ia ter um futuro e, portanto, ela estava com razão nessa colocação, porque “coração de mãe não se engana”. Quando eu estava prestes a concluir o ginasial, eu e meus colegas de classe, Kérson Maniçoba e Dedé Cabôco, fazíamos planos para irmos morar no Rio de Janeiro, sem dar conhecimento para nossas famílias. Minha mãe ao saber desse plano mandou que eu fosse morar em São Paulo, porque lá eu teria um futuro melhor. Ou seja, saí de Cajazeiras em 13 de dezembro de 1971, às 22 horas, de carona em um caminhão do cunhado de minha mãe, João Nestor.
Ao chegar em São Paulo, fui morar na casa da minha tia Josina - irmã de minha mãe -, que morava em Diadema, na Grande São e fui trabalhar na fábrica metalúrgica Resil, em Diadema. Pouco tempo depois recebi a visita de Nelito Pinto, meu colega da Rádio Alto Piranhas, que também foi morar em São Paulo. Ele me convidou para trabalhar no centro de São Paulo, em uma empresa de transportes, no bairro da Aclimação, Auto Viação São João Clímaco, onde ele já trabalhava na referida empresa. Depois de pouco tempo nessa empresa, ele me sugeriu que viéssemos conhecer Brasília, cidade essa que prometia muito, devido ser uma nova cidade que estava surgindo no cenário brasileiro.
Saímos de São Paulo com destino a Brasília no dia 22 de abril de 1972 e, ao chegarmos aqui, após duas horas depois da nossa chegada, falou-me Nelito que não ia ficar em Brasília e voltou para São Paulo. Sales, meu irmão, que já estava morando aqui, facilitou com que eu ficasse morando com ele. Vim conhecer a cidade e fui ficando, ficando e já estou aqui há 39 anos, e continuo conhecendo esta bela maravilha do Planalto Central.
Meu primeiro emprego em Brasília foi na Confederal – empresa de segurança, depois fui trabalhar na CEB – Companhia de Eletricidade de Brasília, a seguir, saí da CEB e fui para o IBGE, deixei o IBGE e fui trabalhar na VARIG, depois fui trabalhar na TV Globo, saindo da TV Globo, fui trabalhar na EBN - Empresa Brasileira de Notícia. A EBN, uma empresa da Presidência da República, na época, foi extinta pelo Governo Sarney, daí fui para a RADIOBRAS – Empresa Brasileira de Comunicação, outra empresa da Presidência da República. Em 2009 a RADIOBRAS foi extinta e passou a chamar-se EBC – Empresa Brasileira de Comunicação. Na área da comunicação na RÁDIO ALTO PIRANHAS, TV GLOBO E EBC, tenho 30 anos de profissão como radialista. Nas demais empresas trabalhei sete anos. Ou seja, saí de Cajazeiras há 39 anos, trabalhei em várias empresas e hoje me vejo realizado como profissional da comunicação. Digo que valeu a pena ter saído de Cajazeiras, mas sem deixar de visitá-la todos os anos, porque lá é a minha pátria.
PEREIRA FILHO
Radialista
Brasília – DF
jfilho@ebc.com.br
No final da década de 50 eu via muitas pessoas em Cajazeiras falarem que iam morar em São Paulo, ou no Rio de Janeiro, ou em João Pessoa, ou em Fortaleza, etc. Naquela época, Cajazeiras oferecia pouca oportunidade de emprego e isso fazia com que muitas pessoas deixassem a cidade em busca de uma vida melhor fora dela.
Nasci, me criei e morei em Cajazeiras até 20 anos de idade. Eu estudava no Colégio Estadual e tinha terminado o curso ginasial, em 1971. Nesse mesmo ano eu trabalhava na Rádio Alto Piranhas, mas não pensava ainda que num futuro eu me tornasse um profissional do rádio. Saindo de Cajazeiras, fui morar em São Paulo a mando de minha mãe. Segundo ela, em Cajazeiras eu não ia ter um futuro e, portanto, ela estava com razão nessa colocação, porque “coração de mãe não se engana”. Quando eu estava prestes a concluir o ginasial, eu e meus colegas de classe, Kérson Maniçoba e Dedé Cabôco, fazíamos planos para irmos morar no Rio de Janeiro, sem dar conhecimento para nossas famílias. Minha mãe ao saber desse plano mandou que eu fosse morar em São Paulo, porque lá eu teria um futuro melhor. Ou seja, saí de Cajazeiras em 13 de dezembro de 1971, às 22 horas, de carona em um caminhão do cunhado de minha mãe, João Nestor.
Ao chegar em São Paulo, fui morar na casa da minha tia Josina - irmã de minha mãe -, que morava em Diadema, na Grande São e fui trabalhar na fábrica metalúrgica Resil, em Diadema. Pouco tempo depois recebi a visita de Nelito Pinto, meu colega da Rádio Alto Piranhas, que também foi morar em São Paulo. Ele me convidou para trabalhar no centro de São Paulo, em uma empresa de transportes, no bairro da Aclimação, Auto Viação São João Clímaco, onde ele já trabalhava na referida empresa. Depois de pouco tempo nessa empresa, ele me sugeriu que viéssemos conhecer Brasília, cidade essa que prometia muito, devido ser uma nova cidade que estava surgindo no cenário brasileiro.
Saímos de São Paulo com destino a Brasília no dia 22 de abril de 1972 e, ao chegarmos aqui, após duas horas depois da nossa chegada, falou-me Nelito que não ia ficar em Brasília e voltou para São Paulo. Sales, meu irmão, que já estava morando aqui, facilitou com que eu ficasse morando com ele. Vim conhecer a cidade e fui ficando, ficando e já estou aqui há 39 anos, e continuo conhecendo esta bela maravilha do Planalto Central.
Meu primeiro emprego em Brasília foi na Confederal – empresa de segurança, depois fui trabalhar na CEB – Companhia de Eletricidade de Brasília, a seguir, saí da CEB e fui para o IBGE, deixei o IBGE e fui trabalhar na VARIG, depois fui trabalhar na TV Globo, saindo da TV Globo, fui trabalhar na EBN - Empresa Brasileira de Notícia. A EBN, uma empresa da Presidência da República, na época, foi extinta pelo Governo Sarney, daí fui para a RADIOBRAS – Empresa Brasileira de Comunicação, outra empresa da Presidência da República. Em 2009 a RADIOBRAS foi extinta e passou a chamar-se EBC – Empresa Brasileira de Comunicação. Na área da comunicação na RÁDIO ALTO PIRANHAS, TV GLOBO E EBC, tenho 30 anos de profissão como radialista. Nas demais empresas trabalhei sete anos. Ou seja, saí de Cajazeiras há 39 anos, trabalhei em várias empresas e hoje me vejo realizado como profissional da comunicação. Digo que valeu a pena ter saído de Cajazeiras, mas sem deixar de visitá-la todos os anos, porque lá é a minha pátria.
PEREIRA FILHO
Radialista
Brasília – DF
jfilho@ebc.com.br
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