Elenco de O Sonho de Inacim |
Elenco de O Sonho de Inacim |
Pereira Filho, Ériston, Valdim e Titico na sessão de O Sonho de Inacim |
Gabriel Batistuta |
Antes de inciar a exibição, Cajazeirenses que moram em Brasília que iam chegando e cumprimentavam os que já estavam na sala 10, do Hotel Nacional de Brasília, despertavam atenção, devido há muito tempo que não se viam, principalmente os cajazeirenses que residem em outras cidades e vieram pela primeira vez ao encontro dos cajazeirenses e cajazeirados de Brasília, a exemplo de Rigoberto Pereira, que veio de Fortaleza, Ceará; Claudiomar Rolim, de São Luis, Maranhão; Zé Filho e a esposa Regina, de Porto Velho, Rondônia, entre outros. A atenção dos presentes foi focada no produtor do filme, Elieser Rolim, que antes e depois da exibição fez uma explanação sobre as dificuldades enfrentadas para a realização desse trabalho e de que forma foi feita com apoio do comércio cajazeirense.
Antes de começar o filme “O Sonho de Inacin”, o clima descontraído entre as pessoas em rodinhas com bate-papos, me fez lembrar o velho tempo em que antes de começar o filme no Cine Éden, de Cajazeiras, aonde as pessoas formavam grupinhos em frente ao cinema para conversarem sobre assuntos diversos. Tinha também aqueles que trabalhavam fora do Cine Éden, como o pipoqueiro Tinino; o picolezeiro da Sorveteria de Walmor, Elias; dona Maria Leite, que vendia o rolête de cana e amendoim torrado; os irmãos Leocádio e Leocarlos, que vendiam ingressos para as pessoas que chegavam e não queriam enfrentar a fila.
Encostados na parede do Cine Éden esperando a bilheteria abrir e com o rabo da fila próximo ao portão de saída do cinema, as pessoas ficavam aguardando a hora de comprar seus ingressos. Lembro-me que em frente a bilheteria tinha uma barra de ferro bem grosso para proteger a fila daqueles que chegavam atrasados e eram impedidos de furar a fila.
Aos domingos, na sessão das 18 horas, o Cine Éden tinha sempre a lotação esgotada, porque nesse horário o movimento das pessoas na Praça João Pessoa era intenso, principalmente quando terminava a Santa Missa das 19 horas na Catedral.
Lembro-me que ao lado do Cine Éden ficava a sorveteria do pai de Everardo e na parte superior funcionava o Jovem Clube e tinha uma marquise desse clube, e em cima dela tinha um painel muito grande, aonde era anunciado o filme em cartaz. Eram letras grandes arrodeadas de lâmpadas. Tinha ainda a tabuleta, que ficava próxima ao Restaurante Alvorada, de Ionas, no início da Praça João Pessoa com o cartaz do filme em ação.
Ao entrar no Cine Éden éramos recepcionados pelo o mudinho, o porteiro, um senhor baixinho e sempre atento aos que chegavam para assistir a mais uma exibição em cartaz. Na referida entrada haviam dois painéis tipo duas tabuletas com vidro de proteção e dentro das tabuletas cartazes grandes anunciando o próximo filme. Essas tabuletas, na verdade, eram uma espécie de divisória para controlar a entrada das pessoas. Já nas paredes laterais da entrada até o final do corredor central, que dava acesso ao auditório, tinha várias tabuletas com anúncios de vários filmes que seriam exibidos em dias posteriores.
Após esses relatos, a partir daqui, vou decolar nas asas da imaginação e falar um pouco sobre o filme “O Sonho de Inacin” sendo exibido em décadas passadas nos cines Éden, Cruzeiro de ‘seu’ Eutrópio, no PAX, no Apolo XI e no São José, na Praça Camilo de Holanda. Com certeza, toda população de Cajazeiras iria aplaudir de pé a exibição dessa bela história do fundador de Cajazeiras, Padre Inácio, que tem uma riqueza de detalhes para ser mostrada aos filhos dessa terra. Além de Cajazeiras, esse filme faria mais sucesso ainda se fosse exibido também nas cidades da Região do Alto Piranhas. Com certeza seria recorde de bilheteria em Cajazeiras e região.
Fiquei impressionado com o desempenho de todo o elenco do filme “O Sonho de Inacin”, principalmente o de Gabriel Batistuta (Inacin), que mostrou ser um profissional de qualidade ao lado de grandes profissionais, a exemplo de José Wilker (Padre Rolim), José Dumont (Miguel do Jegue), Marcélia Cartaxo (Bia), Zezita Matos (Mãe Aninha), Francisquinha Oliveira (Avó Terezinha); e tantos outros que fizeram parte do elenco.
A plateia ficou muito atenta nas cenas que foram rodadas em Cajazeiras, onde mostrava pontos estratégicos da cidade, como o morro do Cristo Rei, local da residência de Inacin; Na passagem da Rua Padre Manoel Mariano, em frente a loja do Armazém Paraíba, onde Inacin ficava olhando as bicicletas sonhando em um dia possuir uma bike; A sala de aula no Colégio Diocesano; Em frente ao Colégio Nossa de Lourdes; Na Câmara dos Vereadores; na Lanchonete São Braz; enfim, em todas as ruas e locais da filmagem.
Parabéns Elieser Rolim pelo belo trabalho e profissionalismo que mostrou para com a realização desse filme.
PEREIRA FILHO
Radialista
Brasília – DF
jfilho@ebc.com.br
Nenhum comentário:
Postar um comentário