Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

PEQUENOS COMENTÁRIOS: As silenciosas; A barruada; Espaiadinha

MULHERES EDUCADAS
Minha mãe, que as pessoas gostam de chamá-la dona Bia, hoje está com 87 anos, e, como católica que é, e sempre foi, agora passa boa parte de seu tempo vendo missas do santuário de Aparecida-SP  pela televisão.
Falou ela que dia desses estava ouvindo o sermão de um padre, um homem novo, e ele reclamava das mulheres que vão para as igrejas e ficam naquele ti-ti-ti. Ressaltava o padre que Igreja era local de respeito, e não de ficar com nhén-nhén-nhém. Que se deixasse essas conversas paralelas para depois da missa. No entanto, nem tudo estava perdido. Ele, jovem padre, já tinha andado muito pelo Brasil a fora e, disse ele, que se tem algum local em que as mulheres sabem respeitar as missas com seus silêncios adequados, esse lugar se chama Cajazeiras, uma cidade do interior da Paraíba. Nesse instante mamãe disse que arregalou os olhos de surpresa pelo nome de Cajazeiras ser pronunciada naquele momento. Ficou orgulhosa, pois ela mesma sempre se comportara adequadamente em todas as suas missas assistidas, principalmente no tempo em que morava em Cajazeiras.

 A BARRUADA
Depois que Sales Pereira, assíduo leitor desse blog, leu o texto que escrevi neste blog - “A barruada” 21.10.10, - sua memória foi refrescada por uma barruada ocorrida em Cajazeiras quando ele tinha por volta de três anos de idade. Mesmo com essa idade o fato ficou registrado em seu cérebro.
Se Cajazeiras tinha trânsito tranqüilo na década de sessenta, imagine na década de cinqüenta, quando ocorreu essa barruada. O fato foi que, vindo naquela rua paralela à igreja da Matriz, na rua em que Sérgio Davi - um grande esportista cajazeirense – morava, já próximo aquela ladeira que dá rumo ao Açougue de Cajazeiras, um caminhão perdeu o freio, e embalado por essa ladeira desceu desembestado e só foi parar por que se arrebentou num poste lá na frente. Não morreu ninguém, graças, mas a repercussão foi grande.
Imagina se esse caminhão tivesse entrado porta adentro do Açougue Municipal? Aí, sim, a bagaceira seria grande. É verdade que os bois que lá estavam não morreriam, porque já estavam todos escanchados em ganchos à espera de fregueses para serem consumidos.
Se você, caro cajazeirense, lembra-se de alguma barruada que lhe chamou a atenção, nos conte, detalhe para nós.


CIDADE ESPALHADA
Brasília é uma cidade de avenidas largas, ruas largas, pistas largas, de amplos jardins nos blocos residenciais e monumentos.  Quem chega pela primeira vez à capital do Brasil sente essa imensidão geográfica, sente-se não sufocado pelas ruas estreitas de cidades pequenas com ruas estreitas, curtas, como Cajazeiras.
Quando João de Manezim esteve aqui em Brasília, neste ano, para participar do ato de criação da AC2B, João andou bastante pela a cidade e visitou vários pontos turísticos. Do Aeroporto Internacional de Brasilia à residência oficial do Presidente Lula, João foi observando tudo, registrando tudo com seu olhar atento, e inteligente que é, esperto que é fez suas observações: “É, Brasília é uma cidade espaiadinha”. 
Sobre o Museu de Arte Moderna de Brasília, projeto arquitetônico criado por Oscar Niemeyer, que tem formato arredondado, como se fosse uma bola cortada ao meio, João de Manezim observou: “Parece um cuscuzim!”.

Eduardo Pereira
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