Elika Takimoto
Hideo, meu filho guitarrista e trabalhador, há dias está boladaço com uma casa que ele foi dar aula particular. Na verdade, era um apartamento e bem pequeno. Em um determinado momento, meu filho pediu para ir ao banheiro que era dentro do quarto onde estava a esposa do aluno dele. A esposa estava vestida e coisa e tal, mas continuou no quarto enquanto ele entrou no banheiro.
Qual foi o desespero de Hideo ao perceber que não havia porta alguma. Como eles cagam, gente? Um fica olhando o outro? Como pode banheiro não ter porta??? A mulher não vai sair dali? Como assim? Eles são loucos?, repetia essas perguntas que lhe ocorreram na hora para toooooodos que ele contava e recontava a história.
Acabou que, após muito se concentrar, ele fez um xixizão com mulher do cara ali ao lado, depois pediu dá licença para ela e voltou a dar aula achando aquele povo da casa muito estranho.
Ontem, ele contou essa história pela milionésima vez mas pela primeira vez para meu irmão que conhece o tal do cara que vive em um micro apartamento que nem porta no banheiro tem.
– Tony, você já foi naquele banheiro?- perguntou ele indignado.
– Sim. Qual o problema?
– Não tem porta! Como pode o banheiro não ter porta! Como eles cagam, gente? Um fica olhando o outro? – e bababá bububú…
Qual foi a surpresa do Hideo ao ouvir que havia sim uma porta.
Mas era de correr…
E o meu filho é lesado.
Mas gente…
Agora fico imaginando o que a mulher do cara e o cara estão pensando do meu filho.
Moral da história: O julgamento precipitado é sempre uma merda.
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