Almanaqueiras: ou não queiras.

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terça-feira, 7 de junho de 2016

não satisfeito em ser o dono do mar, sarney quer ser o dono da verdade. nossa Academia precisa esvurmar urgentemente um mói de gente. que fase!


 Renato Janine Ribeiro

Até concordo que Sarney, como ex-presidente da República, merece respeito. (Sei que vem uma penca de gente dizer que não, que somos todos iguais. Somos sim. Mas um presidente constitucional representa o País. Merece respeito).

Mas me constrange ler sua nota, dizendo que dedicou "sessenta anos" à defesa do Estado de Direito. Porque vinte destes anos foram sob a ditadura, com a qual ele colaborou em posições bem elevadas.



Sua nota:

"Estou perplexo, indignado e revoltado.

Dediquei sessenta anos de vida pública ao País e à defesa do Estado de Direito. Julguei que tivesse o respeito de autoridades do porte do Procurador Geral da República. Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e fortaleci. Prestei serviços ao País, o maior deles, conduzir a transição para a democracia e a elaboração da Constituição da República.

Filho de magistrado e de membro do Ministério Público, mesmo antes da nova Constituição promovi e sancionei leis que o beneficiam, inclusive a criação da Ação Civil Pública e as mudanças que o fortalecem, sob a liderança do Ministro Sepúlveda Pertence, meu Procurador Geral e patrono do Ministério Público.

O Brasil conhece a minha trajetória, o meu cuidado no trato da coisa pública, a minha verdadeira devoção à Justiça, sob a égide do Supremo Tribunal Federal.

José Sarney"

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