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quarta-feira, 1 de abril de 2015

assim caminha a humanidade. nada será como antes

Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura é a primeira instituição financeira multilateral que não será dominada pelos Estados Unidos ou algum de seus aliados.

El País


A China deu, nesta terça-feira, mais um passo para materializar seu Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB, pela sigla em inglês), a primeira instituição financeira multilateral que não será dominada pelos Estados Unidos ou algum de seus aliados. Também na terça finalizou o prazo dado pela China e mais de 45 países solicitaram ser membros fundadores da instituição, apesar do rechaço explícito dos EUA. Entre as últimas economias que apresentaram sua candidatura estiveram a Suécia, Espanha, Taiwan — que não possui laços formais com a China continental — e Noruega, apesar das más relações com Pequim depois da concessão do prêmio Nobel a Liu Xiaobo. O Brasil também será membro fundador da instituição, conforme informou o Palácio do Planalto, em uma nota oficial divulgada no último dia 27 de março, na qual diz que o Governo brasileiro "tem todo o interesse de participar desta iniciativa".

No próximo dia 15, será anunciado definitivamente quem são os demais membros fundadores da instituição, com sede em Pequim, dirigida por Jin Liqun e que a China espera que esteja em funcionamento no final do ano. Embora se saiba que contará com um capital inicial de pelo menos 50 bilhões de dólares subscritos (160 bilhões de reais) e 100 bilhões comprometidos, ainda falta concretizar numerosos detalhes sobre seu funcionamento. Não está claro se a China terá direito de veto e o Governo tampouco quer esclarecer isso. Seu vice-ministro de Finanças, Shi Yaobin assegurava na semana passada que “não é verdade que a China procurou ou renunciou a um direito de veto”.

Essa falta de dados é o que os EUA usam para justificar suas reservas sobre o futuro organismo, temendo que debilite organizações já existentes como o Banco Mundial e o Banco Asiático de Desenvolvimento (BAD). Washington questiona se o AIIB terá padrões rigorosos de governança e de concessão de créditos. Os países que solicitaram o ingresso respondem que, por dentro, será mais fácil negociar normas que garantam uma gestão transparente e padrões estritos. No fundo, está a luta por poder entre as duas maiores economias do mundo, pois junto com o rechaço norte-americano a participar em um banco de desenvolvimento promovido pela China une-se a promoção do Acordo de Associação do Pacífico, que os EUA prevê assinar com outros 11 países daquela região com a importante ausência da China.(...)

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