Transporte público argentino deverá trazer frase sobre ilhas Malvinas
Folha de S.Paulo

Uma nova lei na Argentina obriga todos os meios de transporte público a expor em um espaço "visível e destacado" a frase "As Ilhas Malvinas são argentinas". A regra vale para qualquer tipo de veículo: trens, ônibus, navios e aviões.
As estações de chegada, partida ou escala de meios de transporte também devem exibir "em um espaço destacado" a inscrição. A autora do projeto que resultou na lei é a senadora Teresita Luna, da mesma coligação política da presidente Cristina Kirchner.
Como Cristina está de licença médica por uma fratura no tornozelo, a lei foi sancionada pelo vice-presidente, Amado Boudou na sexta (2). No entanto, o projeto já havia sido aprovado pelos deputados em novembro.
Na época, Luna publicou um texto no seu site em que dizia que a frase nos veículos de transporte público é uma ferramenta a mais para seguir mostrando ao mundo a plena convicção de todos os argentinos de acompanhar a nossa presidente em sua reivindicação pelas ilhas.
"Ninguém pode ignorar a importância da comunicação visual", ela escreveu. E afirmou que essa é uma forma de reiterar entre os argentinos o sentimento de que as ilhas pertencem a eles. "E reforçamos ante os turistas estrangeiros a afirmação de soberania sobre as mesas", conclui.
Os argentinos reivindicam as ilhas Malvinas, que ficam no sul do Atlântico, da Inglaterra, que atualmente as ocupa. Em 1982, militares argentinos invadiram as ilhas para tomá-la. A Inglaterra decretou guerra, que venceu depois de cerca de dois meses.
Em março de 2013, os moradores das ilhas, chamados de "kelpers", votaram em um referendo para saber a qual nação eles querem pertencer. Então, a Inglaterra ganhou com 98% dos votos.
A Argentina não reconheceu o continua reivindicando as ilhas, mas por meios estritamente diplomáticos -na Constituição argentina, afirma-se que a recuperação do território é um objetivo permanente e irrenunciável do povo do país.
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