Almanaqueiras: ou não queiras.

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quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Presidente do Flamengo: só quer, só pensa em namorar...


Patricia Amorim abre o jogo sobre Flamengo e seu lado mulher: ‘Não tenho tempo de namorar’
Fonte: Extra

Diogo Dantas

Ser presidenta de um clube como o Flamengo é deixar a manhã do dia seguinte livre à espera da vitória para fazer a unha. É ser mãe preocupada com a segurança dos filhos em tempos de crise. É ser esposa subindo pelas paredes, sem tempo para namorar. Patricia Amorim é tudo isso e mais: responsável pelo Flamengo, de erros e acertos.
Às vésperas da eleição no clube, após derrota nas urnas municipais, ela conversou com o Jogo Extra por mais de duas horas, dando mais detalhes de falhas das gestões passadas do que das suas. E também abre o jogo sobre seus hábitos, dizendo que seu marido não manda no clube.
Antes do papo, supervisionado por dois assessores, Patricia deixou a inocência intrigante falar mais alto, ao perguntar se podia rir para uma foto. E resumiu um Flamengo ainda amador ao dizer que sabia das últimas notícias do clube pelo Twitter de um chefe de torcida.

JOGO EXTRA: Fragilidade e inocência são características da presidente do Flamengo ?
PATRICIA AMORIM: Fragilidade eu acho que não. Não gosto de me fazer de coitada. Não combina com quem foi atleta. Não gosto do sentimento de pena. Agora, inocência pode ser. O mundo do futebol é muito...não é mentiroso, mas não é muito digno. Os ídolos são preservados, mas existe predisposição de não gostar de dirigentes. Eu sinto muito isso todo dia. Se você da uma risada, e o time passa por um momento ruim, você paga por isso. Então passa o dia inteiro tentando se adequar ao que as pessoas acham que você tem que ser. Acho que não sou artificial. Por isso não me enquadro no perfil que as pessoas acham que tenho que ter. Fico como um estranho no Ninho. Mas é um estilo. Sereno. Me sinto incomodada muitas vezes. Não é diário. Mas acho que sou correta, digna, direita. Mas no futebol você tem que desempenhar um papel. Falhei porque não quis ser esse personagem, quis ser correta com o clube. Tem essa coisa de falar alto, ter que bater na mesa. Não aprendi assim. Conquista as coisas. Pode ser dura, mas minha forma é doce, serena, gentil, educada, talvez inocente. Mas fragilidade, não. Não cola. Essa coisa de coitada eu não gosto. Nunca tive problema nenhum nas modalidades com muita participação masculina, nunca tive problema de desrespeito, de passar o limite. Porque nunca dei essa liberdade. Às vezes me fecho um pouco. Me chamam de omissa. Quero falar, não querem ouvir, então já formaram opinião.
JE: E quando é para tomar uma decisão?
PA: Como sou gentil, quando dou uma patada é para matar. Eu derrubo. Se tiver que entrar, como algumas vezes com jogadores ou treinador, se chegar ao ponto de eu entrar é para matar, vou falar as verdades, não erro na forma, falo palavrão. Até entender. Que tem uma norma, uma regra. Isso acontece com meus filhos, marido, minha mãe. Estou sempre muito alegre. Mas quando vem...
JE: Você entra no vestiário para cobrar?
PA: Não entro no vestiário nunca. A não ser em situação de segurança. Aí fico olhando para o teto, não presto atenção no movimento, vou para um lugar mais fechado. Avisam que a presidente esta passando. O vestiário não é lugar de dirigente. É o local do palavrão, onde o jogador vai falar mal de alguma coisa. Como no ônibus. É ambiente dos jogadores e comissão técnica. Fui atleta. Esse espaço é sagrado. Detesto isso. Mas as pessoas não se aguentam.
JE: Quando a coisa aperta ainda cai na piscina para nadar?
PA: Não Eu caminho. Quando posso vou à praia caminhar, ou no condomínio. Senão eu vou morrer. Preciso suar, aumentar a frequência. Eu não vou chorar, não vou berrar, não vou torcer o pescoço.
JE - Já fez ou faz terapia?
PA - Fiz sete anos, quando era mais jovem, antes de ser presidente. Hoje não tem tempo. Se fizesse ... Mas acho importante.
JE- Pensa em escrever algo sobre sua passagem pelo Flamengo?
PA - Vou escrever um livro, com os relatos de como é ser presidente desse clube. Mas não uma biografia.
JE - Da para ter vida fora do clube? Ver novela, ir ao salão, coisas de mulher?
PA- Deixo sempre a manhã depois da rodada livre. Se a gente ganha penso que é uma boa hora para fazer a unha. Mas se perde, vou ao salão e ouço gracinhas. Também vejo novela, vi Avenida Brasil.
JE - O Flamengo foi retratado direitinho?
PA - Olha, os jogadores na vida real são mais criativos. Não existe um cara sair no meio do treino e tomar um copo de cerveja, como mostrou na novela. Ou pegar um exame medico para não ir a treino. Eles dizem que sentem uma dor e pronto.
JE - Você esta lendo algum livro?
PA - O ultimo que li foi Falcão, Meninos do Trafico.
JE - Soube do sucesso de cinquenta tons de cinza com as mulheres?
PA- Ah soube, me falaram desse livro. Mas não posso ler, senão vou subir pelas paredes. Não tenho tempo de namorar (risos).
JE- O que está sendo feito para o clube melhorar o numero de sócios? Pouco mais de 3 mil vão decidir o novo presidente...
PA - Mas sempre foi assim.
JE - E você acha que governar para o clube e para a torcida, a Nação, é a mesma coisa?
PA - Não, mas eu preciso atender o sócio, que me elegeu, que frequenta o clube e usufrui das melhorias. O futebol é sempre o carro-chefe, por isso tem tudo de melhor qualidade. Mas não posso deixar as outras modalidades sem atenção se somos um clube pensando em ser formador.

Leia  o restante da entrevista: http://extra.globo.com/esporte/flamengo/patricia-amorim-abre-jogo-sobre-flamengo-seu-lado-mulher-nao-tenho-tempo-de-namorar-6653873.html#ixzz2BWzGrqXd






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