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sábado, 10 de novembro de 2012

Diretor da CIA se envolve em caso extraconjugal. Um autêntico pé de lã. Confira!


Diretor da CIA pede demissão após caso extraconjugal
O Globo


Autora da biografia de Petraeus seria sua amante, diz revista; caso foi descoberto pelo FBI

Paula Broadwell, a autora da biografia de David Petraeus e sua suposta amante, segundo revista
Foto: Reprodução/Internet


WASHINGTON - Apenas dois dias após sua reeleição, Barack Obama aceitou nesta sexta-feira a demissão do diretor da CIA, David Petraeus, que pediu para deixar o cargo devido a um caso extraconjugal, na última quinta-feira. Na carta de demissão, Petraeus disse que ter um caso fora do casamento foi um “comportamento inaceitável”. Paula Broadwell, autora da biografia de Petraeus, seria sua amante, segundo a revista “Slatest”.
Fontes da área de segurança revelaram à Associated Press que o affair foi descoberto durante uma investigação do FBI, e Paula estaria, agora, na mira dos investigadores. A traição é tabu nos meios de inteligência - o espião-chefe dos EUA estaria vulnerável a chantagens se o caso fosse descoberto por um inimigo. O diretor era um dos nomes cotados para permanecer no governo. Mike Morrell, vice-diretor da CIA e um oficial de longa data, irá ocupar o cargo como diretor interino.
“Ontem (quinta-feira) à tarde, fui à Casa Branca e pedi ao presidente para ser autorizado, por motivos pessoais, a renunciar da minha posição como diretor da CIA. Depois de ter sido casado por mais de 37 anos, mostrei um julgamento extremamente pobre ao me envolver em um caso extraconjugal. Tal comportamento é inaceitável, como marido e como líder de uma organização como a nossa. Esta tarde, o presidente aceitou a minha demissão”, diz um trecho da carta publicada pela NBC.
Nesta sexta-feira, a Casa Branca divulgou um comunicado elogiando Petraeus por seu “serviço extraordinário” prestado por décadas ao país e confirmando o nome de Michael Morell como diretor interino. Ele já havia ocupado o cargo depois que Leon Panetta deixou a CIA, no ano passado. Sua mulher, Holly Petraeus, é diretora assistente do órgão do governo responsável por advogar em nome dos membros de serviços miliares e de suas famílias.
“Durante sua vida em serviço, David Petraeus tornou o nosso país mais seguro e mais forte”, disse o presidente em comunicado, sem abordar diretamente o motivo da demissão. “Daqui para frente os meus pensamentos e orações estão com Dave e Holly Petraeus, que tanto tem feito para ajudar as famílias de militares por meio de seu próprio trabalho. Desejo-lhes o melhor neste momento difícil.”
A demissão acontece em meio a polêmica em torno dos desdobramentos ao ataque ao consulado dos EUA, em Bengazhi, na Líbia, que matou o embaixador americano Chris Stevens. O diretor era esperado para testemunhar em audiências na próxima semana.
Caso teria sido descoberto pelo FBI
A notícia chocou os meios militares. Além de excelente estrategista, Petraeus é conhecido pela bravura. Vítima de fogo amigo num treinamento em 1991, ele foi baleado no peito. E, contam os companheiros, pouco depois de sair de uma cirurgia de cinco horas, fez 50 flexões de braço para demonstrar que estava bem. Em 2000, fraturou a bacia numa queda provocada por uma falha de seu paraquedas e lutou contra um câncer de próstata. Equilibrando-se entre cautela e ousadia, ganhou mais respeito com a “Doutrina Petraeus”, quando, em 2007, no auge da guerra civil no Iraque, optou por aumentar em 30 mil as tropas americanas no país para estabilizá-lo antes da retirada.
James Clapper, diretor Nacional de Inteligência, lamentou a demissão.
“A renúncia é uma grande perda, de um dos mais respeitados funcionários públicos. Ele redefiniu o significado de servir e se sacrificar pelo país”.
Na carta de demissão, Petraeus afirma que se arrependerá para sempre das circunstâncias que levaram à sua renúncia.
“Teddy Roosevelt (ex-presidente americano) uma vez observou que o maior presente da vida é a oportunidade de trabalhar duro em um ofício que vale a pena. Eu sempre considerei um verdadeiro tesouro minha oportunidade de trabalhar com vocês e eu sempre vou me arrepender das circunstâncias que levaram esse tempo de trabalho ao seu fim”.
Indicado pelo presidente em abril do ano passado, Petraeus, de 58 anos, substituiu Leon Panetta, que assumiu o cargo de secretário de Defesa. Antes, o general havia ocupado o comando da Força Internacional de Assistência e Segurança, responsável pelas operações de guerra no Afeganistão. Ele é um militar respeitado tanto por democratas quanto por republicanos.
Com 37 anos de carreira no Exército, Petraeus teve um papel destacado na Guerra do Iraque, quando foi enviado pelo então presidente George W. Bush, em 2007, para comandar a escalada das ações militares americanas no país.




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