‘Gente boa’: 14 botequins do Rio são declarados bens do patrimônio cultural
RIO - O prefeito Eduardo Paes publicou, nesta quarta-feira, no Diário Oficial o decreto de tombamento de 14 bares e botequins como Patrimônio Cultural Carioca, informou a coluna “Gente boa”, do jornalista Joaquim Ferreira dos Santos. São os seguintes: Adega da Velha (da década de 1960, em Botafogo), Adega Pérola (de 1957, em Copacabana), Armazém Cardosão (de Laranjeiras), Adonis (de 1952, em Benfica), Bip Bip (de 1968, em Copacabana), Cervantes (de 1955, em Copacabana), Bar da Dona Maria (de 1950, na Tijuca), Amendoeira (da década de 1950, em Maria da Graça), Pavão Azul (de 1957, em Copacabana), Casa da Cachaça (de 1960, na Lapa), Villarino (de 1953, no Centro), Salete (de 1957, na Tijuca), Urca (de 1939) e Jobi (de 1956, no Leblon).
O decreto considera tais estabelecimentos como locais de convivência democrática, que traduzem o “espírito” carioca de comemorar, de reunir, de festejar. Lembra também a necessidade de buscar mecanismos de incentivos para a permanência desses bens culturais da cidade, que passam por processo de transformação ou de desaparecimento.
Os estudos para o tombamento foram realizados pelo Instituto Rio Patrimônio da Humanidade, presidido por Washington Fajardo. Levou-se em consideração também a necessidade de, na figura desses bares e botequins tradicionais, se ampliar a preservação da memória intangível da cultura carioca.
Foram relacionados como aspectos importantes para a medida, “a ancestralidade e as características dos modos do fazer dos bens em questão que, através da sua continuidade histórica e sua relevância local, se tornaram referência para a memória, a identidade cultural e a formação social carioca”.
A volta do Gracioso
O Gracioso, bar da Sacadura Cabral que foi destruído num incêndio, volta a funcionar no final de janeiro. O boteco ganhará um andar, mas manterá características originais como os azulejos brancos. O Brasileirinho, bolinho de massa de feijão carioquinha recheado de queijo coalho, carne seca, bacon e empanado na farinha de torresmo, está mantido. “É bomba calórica, mas prazerosa”, diz o dono,
McSorley's Old Ale House, botequim tradicional de Nova York, também será convidado para o seminário. O bar, com as portas abertas desde 1854, conseguiu manter suas características originais e segue como exemplo de preservação a ser seguido pelos bares cariocas. Ainda cobre o chão de serragem.
QI do Oswaldo
O Bar do Oswaldo, famoso pela batida de coco na rua dos motéis, na Barra da Tijuca, estreia na próxima edição do Comida di Buteco. Vai servir o “QI de Oswaldo”, pedaços de aipim com bacon e molho bechamel.
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