Correio acompanha reencontro de 5 arquitetos que trabalharam com Niemeyer
Cesar Barney, Myrthes Assis, Jaime Campello, Carlos Elias e Silvio Schoelkoff: os cinco se lembram do
ambiente informal proporcionado por Oscar, mesmo com muito trabalho a fazer.
Vai-se o gênio e ficam os legados arquitetônico e artístico e as recordações carinhosas dos amigos e companheiros de trabalho. São lembranças marcantes de quem deu início às obras em Brasília e conta detalhes do jeito de ser e de trabalhar do mestre. Os profissionais concordam que a rotina no canteiro de obras era pesada, mas o aprendizado, diário. O Correio acompanhou o reencontro de cinco profissionais — dois arquitetos, um desenhista, um técnico eletricista e um arquivista — que fizeram parte da primeira equipe de trabalhadores da construção civil em Brasília. Alguns não se viam há mais de 10 anos. Outros conseguiram manter um contato mais frequente, mas há muito não conversavam sobre os primeiros momentos na cidade. Mobilizados pela morte do chefe, se reuniram novamente. Em comum, a nostalgia.
O trabalho, naquela época, era todo feito com papel manteiga, lápis e uma escova que servia para espanar a poeira, abundante. O escritório era um barracão de madeira, montado onde hoje é o Palácio da Justiça, na Esplanada dos Ministérios. “Era um ambiente muito informal, apesar de termos muito trabalho. Cada um tinha um apelido. Muitos dados pelo próprio Oscar. O meu era Texas, porque fiz parte da faculdade de arquitetura nos Estados Unidos”, conta o arquiteto colombiano Cesar Barney, 78 anos, o organizador do encontro.
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