Morre aos 73 anos o catarinense que doou sangue 187 vezes durante a vida
Orestes Golanovski era de Canoinhas e começou a doar em 1958.
Em 1991, o comerciante fundou uma associação de doadores na região.
O comerciante catarinense que doou sangue 187 vezes entre 1958 e 2006 morreu aos 73 anos, na sexta-feira (14), em Curitiba, onde foi internado por causa de um câncer. Orestes Golanovski era de Canoinhas, no Norte de Santa Catarina, e doou mais de 90 litros de sangue no período. O enterro foi por volta das 17h30 desde sábado (15), em sua cidade natal.
De acordo com o filho Silmar, a primeira doação do pai foi em 1958, quando Orestes prestava o serviço militar, no Rio de Janeiro. Em 1969, quando já estava de volta a Canoinhas, uma mulher grávida estava com hemorragia e precisava de sangue. "Meu pai foi doar, mas não foi suficiente. Outra pessoa foi chamada, mas queria cobrar pela ação. Então ele decidiu doar pela segunda vez no dia", conta o filho. Ainda assim, as doações não foram suficientes. A criança foi salva, mas a mulher morreu. "Isso fez com que ele prometesse que a partir daquele dia nunca mais deixaria ninguém da cidade morrer por falta de sangue", complementa Silmar.
A partir de então, Golanovski começou a mobilizar a comunidade e alertar para a importância de doar sangue. Em 1991, fundou a Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec). O grupo começou com 15 pessoas e neste ano ultrapassa 4 mil doadores. "O maior legado dele é que conseguiu estabelecer na cidade a cultura da doação de sangue. A situação em outros locais geralmente é crítica. Aqui, para cada bolsa de sangue que nós necessitamos, coletamos outras três para serem distribuídas no restante do estado", conta Silmar, orgulhoso do pai.
Fonte: Amigos do sangue
Nenhum comentário:
Postar um comentário