Almanaqueiras: ou não queiras.

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segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Flamengo é uma anarquia representativa. Lamentável!


Diretores do Flamengo tentam agredir torcedor após clássico
Vice de finanças, Michel Levy, e vice social e administrativo, Cacau Cotta, invadiram camarote vizinho ao do Fla para brigar com torcedor aos gritos de 'vou te dar porrada'



Logo após o apito final do jogo entre Flamengo e Botafogo, neste sábado, dois diretores do Flamengo protagonizaram uma cena lamentável. Na véspera da eleição para presidente do clube, o atual vice de finanças, Michel Levy, e o vice social e administrativo, Cacau Cotta, invadiram um camarote do Engenhão e tentaram agredir um torcedor que gritou pedindo a saída de Patrícia Amorim do cargo. A reportagem do LANCE!Net presenciou a confusão do início ao fim.
Tudo começou quando alguns torcedores, que se preparavam para deixar o estádio, protestaram contra a atual administração rubro-negra pedindo mudanças. Uma pessoa, porém, pediu com mais ênfase a saída de Patrícia Amorim.
- Fora, Patrícia Amorim. Você não serve nem para administrar o seu condomínio. Fora! - disparou o torcedor.
Inconformados com a revolta do rubro-negro, Cacau e Levy transformaram-se. Em um camarote vizinho, a dupla olhou para o torcedor e respondeu as críticas com ameaças. Cacau não se conteve e o chamou para resolver "lá fora".
- Eu vou te dar porrada, rapaz. Vamos lá fora resolver! Para de falar m... - ameaçou.
O descontrole era imenso. Cacau e Levy, juntamente com outros membros do clube, saíram de onde estavam, abriram a porta do camarote ao lado e completamente transtornados declararam guerra ao torcedor.
O clima ficou pesadíssimo. Havia famílias e crianças no local, e se assustaram com a situação criada. A tensão aumentou quando eles invadiram o camarote e por pouco não agrediram o torcedor. O problema só não foi maior porque os dois foram contidos pelos seguranças.
Os diretores do Flamengo momentaneamente saíram da porta do camarote, mas a revolta não parou. O torcedor, que não quis se identificar, tentou registrar o acontecido com o celular dele, o que enfureceu ainda mais Levy. O vice de finanças partiu para cima dele, tentou tomar o celular e gritou completamente descontrolado.
- Não vai registrar nada não, rapaz. Fica na sua - gritou Levy.
Por 15 minutos, a fúria imperava nos diretores. Inconformados, eles andaram de um lado para outro xingando o torcedor. Uma das pessoas que estava no camarote ao lado do torcedor em questão ligou para um amigo que é membro da Polícia Militar e estava de plantão no Engenhão. Prontamente o policiamento foi reforçado e, em seguida, o rubro-negro que acionou a PM deixou o camarote e se dirigiu aos dirigentes, recriminando o "papelão" que os cartolas fizeram. Levy e Cacau recuaram e lamentaram o acontecido alegando que estavam de "cabeça quente".
Logo depois, todos os envolvidos entraram novamente no camarote do Flamengo e a dupla foi convencida a deixar o local. Na saída, todos os dirigentes estavam com cara de revolta.
Alguns minutos depois, as pessoas que estavam no camarote do torcedor envolvido na polêmica puderam sair somente acompanhados pela polícia.
O terror deixou o torcedor envolvido em pânico. Ele conversou com a reportagem do LANCE!Net e disse que não pretende mais assistir jogos do Flamengo no Engenhão.
- Não vou mais ver jogo do Flamengo no estádio. Não dá para acreditar nisso. É um absurdo! - disparou.
Dirigente se defende
Na manhã deste domingo, o vice social e administrativo do Flamengo, Cacau Cotta, procurou a reportagem do LANCE!Net para explicar o ocorrido. O dirigente alegou que o torcedor envolvido na confusão costuma direcionar xingamentos ao camarote da diretoria rubro-negra, o que o tirou do sério. Porém, no clássico de sábado, não houve hostilidade por parte do torcedor, mas protesto contra a atual administração.
- É sempre a mesma pessoa que fica xingando a diretoria do camarote ao lado. Não é de hoje. Ele sempre deixa o estádio escoltado. Ontem (sábado) estava com a minha mulher e minha filha. Ele ficou xingando todas as mulheres, disse que nenhuma mulher poderia ser presidente e tinha de lavar roupa. Já tem uns dez jogos seguidos que é a mesma coisa. Tenho várias testemunhas. Qualquer um ficaria nervoso numa situação como essa. Fui tirar satisfação, mas não houve agressão física - disse Cacau.

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