Epitácio Leite: Dois anos de Saudades
José Antonio de Albuquerque
Epitácio Leite
Ainda ecoam nos campos áridos e secos de nossa zona rural, nas ruas, vielas e nas praças a sua voz firme e forte que defendia os mais necessitados de nossa cidade. Ainda ecoam também as suas lutas em defesa das grandes causas de Cajazeiras e de seu povo de quem foi escravo.
Quais seriam o sabor e o cheiro das lágrimas da saudade? Com certeza, entre o seu povo e a sua gente a quem tanto se dedicou e serviu teria o perfume das rosas e o paladar do amor. Rosas que distribuiu com as mãos que muitas vidas salvaram e dos benefícios que contribuíram para minorar a fome e dar o tempero e sentido à vida.
Quais seriam a simbologia e a essência das lágrimas da saudade? Uma lágrima rola na face quando vem a lembrança da sua retidão, outra lembra a sua honestidade, outra lembra o seu caráter, outra nos vem a memória a sua probidade e outras e outras lágrimas serviriam para simbolizar o exercício da medicina: sem ônus para os seus pacientes, dos partos que realizou, das fraturas que emendou e das dores que curou.
O dia 17 de dezembro de 2010 é uma data que marca a separação de Epitácio, não somente de sua esposa Zarinha e dos seus filhos Patrícia e Epitacinho, mas de todos os seus amigos e admiradores, que com suas lágrimas irrigam o jardim florido e os campos verdes de sua morada na eternidade e é também a data de sua chegada ao céu, sob os aplausos dos seus eleitores, para o primeiro comício da paz, da felicidade eterna e da concórdia.
fonte - 7Candeeiros do Cajá
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