Calma, violência.
Ultimamente tenho me desviado daquela velha rota zen-musical de andar devagar. Diferentemente, tenho me movimentado apressado para não amargar um demasiado chorar.
Essa onda de violência tem afetado o meu comportamento ‘circulatório’ a ponto de me fazer caminhar pelas ruas com as orelhas armadas e os ouvidos apurados para me antecipar a um iminente ataque. Um bicho acuado, capaz de mudar completamente a direção desejada para preservar a integridade física.
Nunca andei armado, nem sei a espessura de um calibre. Nunca joguei no jogo do bicho, nem sei associar o número a um bicho. Assim, procuro apurar os sentidos para escapar do campo de visão de algo indescritível. Até os meus sonhos sofreram interferências, vejo-me até voando fugindo de anjos sedentos de sangue. E olha que não curto essa onda juvenil de vampiros, tipo visto no fenômeno Crepúsculo. Sou do tempo em que os vampiros realmente eram feios, ninguém tinha coragem de colar os cartazes na porta do guarda-roupa.
Estamos realmente vivendo um momento delicado, a indelicadeza nos escraviza a ponto de elevar naturalmente a temperatura do nosso corpo em sinal defesa e proteção.
No entanto, quando chego em casa e sou recebido pelo sorriso amigo de quatro belas criaturas cativas, elevo as mãos ao céu e peço a Deus parceria. Minha prudência torna-se ínfima diante da necessidade de ser máximo e estar presente em locais extremamente diferentes.
Aí, me veio a mente uma canção de uma época distante, que possibilitava andar desarmados de orelhas, ouvidos e dentes:
Ai andar, andei
Ai como eu andei
E aprendi
A nova lei
Alegria em nome da rainha
E folia em nome de rei (2x)
Ai no mar, marujei
Ai eu naveguei
E aprendi
A nova lei
Se é de terra que fique na areia
O mar bravo só respeita rei
Ai voar, voei
Ai como eu voei
E aprendi
A nova lei
Alegria em nome das estrelas
E folia em nome de rei
Ai eu partilhei
Ai eu voltarei
Vou confirmar
A nova lei
Alegria em nome de Cristo
Porque Cristo foi o rei dos reis
Eriston Cartaxo para os Setecandeeiroscaja
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