E se Janaina Paschoal pudesse fazer como Neymar?
"Presidente Trump, meu nome é Janaina Paschoal. Eu sou um dos advogados que pediram o impeachment da presidente Dilma. As sanções que seu governo impôs não são suficientes, os EUA precisam parar de comprar derivados de petróleo da Venezuela. O senhor tem obrigação moral de fazer mais pela Venezuela! Espero ouvir uma resposta em breve."
Com uma sequência de tuítes, a professora de direito da USP fez mais do que reforçar o encurtamento da teoria dos seis graus de separação.
Ela também abriu espaço para imaginar como seria se os atores da política pudessem atuar em diferentes países, circular pelo mundo com a mesma desenvoltura de Neymar ao trocar Barcelona por Paris.
Michel Temer, por exemplo. Se estivesse na Casa Branca, provavelmente a extinção do Obamacare já teria passado voando pelo Capitólio —nenhum presidente deve adoçar mais os parlamentares do que ele.
No exercício de realismo fantástico, daria para imaginar Maduro no Brasil. O venezuelano acabaria como uma mistura de sindicalista com Tiririca, condenado a ser, com sorte, um deputado folclórico e lateral.
Já Kim Kataguiri, americano fosse, poderia ser condecorado por Trump com a Comenda Fake News —está aí uma cerimônia divertida e honesta.
É uma pena que o mundo não seja assim de fato. A política se revela bem menos transnacional do que gostamos de crer que ela é, por mais que as aventuras da família Trump entretenham gente dos cinco continentes (no subterrâneo a história é outra, como comprova o esquema latino da Odebrecht).
Mesmo aquele que Obama definiu como "o político mais popular do mundo" não conseguiu carreira internacional. Lula já pretendeu comandar a ONU e o Banco Mundial. Hoje tudo o que quer é não parar em Curitiba. Pudesse viver em Caracas, quem sabe o petista teria mais chance de continuar em campo.
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