Almanaqueiras: ou não queiras.

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sexta-feira, 24 de abril de 2015

o velho e bom 'Correio das Artes' resiste

No tempo de José Américo


O político e escritor paraibano José Américo de Almeida (1887-1980) destacou-se em pelo menos duas vertentes da História do Brasil, notadamente na primeira metade do século vinte: a político-administrativa (nos desenlaces da chamada Revolução de 1930) e a literária (com a publicação, em 1928, de A Bagaceira, romance inaugural do Moderno Regionalismo brasileiro). Para ajudar a manter viva e disseminar a memória de José Américo entre as novas e as futuras gerações, as professoras e escritoras Maria do Socorro Silva de Aragão, Neide Medeiros Santos e Ana Isabel de Souza Leão Andrade organizaram o livro José Américo – Uma fotobiografia (Ideia, 2014), tema da reportagem de capa da nova edição do Correio das Artes, que circula no próximo domingo, 25, encartado no jornal A União, da Imprensa Oficial do Estado da Paraíba. Além da reportagem sobre a obra em si, o suplemento traz artigos sobre José Américo – o político, o romancista e o poeta – assinados pelas organizadoras.

Outras homenagens

Outro autor paraibano que desde o ano passado vem sendo alvo de novas e sucessivas homenagens, em virtude passagem dos 130 anos de seu nascimento e centenário de morte, é o poeta Augusto dos Anjos (1884-1914), autor do Eu. O Correio das Artes destaca três dentre os novos títulos lançados: Augusto dos Anjos – Sonetos (com Glossário de Maria Helena da Cruz) e Minha Singularíssima Pessoa (Patmos Editora), organizados por Carlos Roberto de Oliveira, e Eu e Outros Poemas – Edição Especial (MVC Editora), com Roteiro de Leitura de Neide Medeiros Santos.
O jornalista e escritor José Nêumanne Pinto, comentando o novo livro de poesia de Hildeberto Barbosa Filho, faz um inventário poético do autor de Nem Morrer é Remédio.

O jornalista William Costa, em sua coluna “Duas Palavras”, lembra os dez anos da morte do poeta Lúcio Lins, na crônica intitulada “Lamento de Náufrago – Canto pela morte de Lúcio Lins, poeta navegante do ‘mar de dentro’”, colhida de seu livro (inédito) Para tocar tuas mãos, cujo lançamento está previsto para este ano.

“O bárbaro iluminado”. Este é o título do artigo com o qual o jornalista e escritor Bruno Gaudêncio homenageia a memória do jornalista, romancista e teatrólogo paraibano Allyrio Meira Wanderley, autor de Sol Criminoso.

Os poetas Carlos Alberto Jales e Félix Di Láscio estão de volta com novos poemas inéditos.

A professora e cronista Ana Adelaide Peixoto Tavares faz dos efeitos da passagem do tempo tema de seu artigo, com citações de várias autoras, entre elas Cecília Meireles e Simone de Beauvoir.

A professora e crítica de literatura Analice Pereira prossegue com o seu diário “Dez dias com Elena em Havana”, narrando o segundo dia de sua viagem a Cuba, em um estilo que explora as fronteiras da crônica e do conto.

Angelo Mendes Corrêa e Itamar Santos entrevistam a atriz Valéria Arbex, fundadora da Companhia Teatral Damasco, que está de volta à cena paulistana com o espetáculo Salamaleque.

Colunistas

As colunas “Convivência Crítica”, de Hildeberto Barbosa Filho, e “Novo Almanaque Armorial”, de Carlos Newton Júnior, não serão publicadas nesta edição, retornando em maio.

Edônio Alves mantém o bate-bola entre literatura e futebol, comentando, em sua coluna “Jogada de Letras”, o conto “Ripa na xulipa”, do escritor Antônio Carlos Olivieri, Prêmio FNLIJ 2001.

O escritor e professor Rinaldo de Fernandes dedica-se em sua coluna “Ponto de Vista Crítico” a comentar o romance Solidão Continental, de João Gilberto Noll. Acertos e desacertos narrativos de Chico Buarque em seu novo romance, O Irmão Alemão, são apontados com precisão pelo professor e poeta Expedito Ferraz Jr., em sua coluna “Entre os Livros”.

Em “Festas Semióticas”, o professor e poeta Amador Ribeiro Neto comenta duas canções do irrequieto e criativo poeta, músico e compositor Jorge Mautner.

“Imagens Amadas”: No oitavo capítulo da série “Espectadores”, o professor e crítico de literatura e cinema João Batista de Brito entrevista o engenheiro civil e cinéfilo Clovis Dias.

O estudante de Jornalismo e estagiário de A União, Sandro Alves de França, comenta a festa de lançamento e o filme “Elena”, da atriz e diretor Petra Costa. 

Fechando a edição, uma “trama visual” assinada pela artista plástica Lívia Costa.

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